Brasília, 10 de março de 2020.
Em 2020, a Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Industrial (CCEEI) irá concentrar esforços no estudo de ações fiscalizatórias. Entre as iniciativas do plano de trabalho, está a ampla disseminação do Manual de Fiscalização revisto e atualizado no ano passado e que “se tornou mais objetivo e prático com o propósito de facilitar a utilização pelos fiscais do Sistema Confea/Crea”, como avalia o titular da CCEEI, eng. prod. metal. Sergio Ricardo Lourenço (Crea-SP).
Outra frente de atuação será a análise da oferta de cursos na modalidade Ensino à Distância (EAD) e da metodologia para avaliação de cursos de engenharia. Para o coordenador do fórum, é responsabilidade da graduação “formar profissionais hábeis e competentes para alçar o desenvolvimento e geração de riqueza em nosso país”. Nesse sentido, a CCEEI pretende tratar o tema educação de forma propositiva.
Definido durante o 9º Encontro de Líderes Representantes do Sistema como titular da CCEEI, Sergio Lourenço é doutor em Engenharia e mestre em Planejamento de Sistemas Energéticos, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Com mais de 25 anos dedicados ao ensino, atualmente é docente na Universidade Federal do ABC (UFABC), atuando no curso de graduação em Engenharia de Gestão e nos programas de pós-graduação em Energia e Engenharia de Produção, nos quais leciona, desenvolve pesquisas e orienta doutorandos e mestrandos nas áreas de eficiência energética industrial e ciclo de vida de energéticos.
No Crea-SP, cumpre o segundo ano à frente da Coordenação da Câmara Especializada em Engenharia Mecânica e Metalúrgica (CEEMM). No Ministério da Educação, é avaliador "ad hoc" do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) em cursos da área de engenharia.
Na Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Industrial, Sergio Ricardo Lourenço dividirá os trabalhos em 2020 com o adjunto eng. mec. Ricardo Rios (Crea-RJ).
Site do Confea: Dos assuntos tratados no 9º Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea e Mútua, quais são predominantes no plano de trabalho da coordenadoria?
Sergio Ricardo Lourenço: País rico é país com engenharia pujante, a engenharia gera riqueza. A engenharia brasileira precisa ser repensada para ocupar o real lugar na sociedade que lhe cabe, nos últimos anos a sociedade mudou e práticas compatíveis com as novas necessidades devem ser pensadas e colocadas em prática no seio do Sistema Confea/Crea. Nosso país carece de todo tipo de infraestrutura, um país continental com grandes idiossincrasias tem na prática responsável e legal da engenharia o caminho para o real desenvolvimento da sociedade. Neste sentido, um dos assuntos que é caro à CCEEI reside na oferta dos cursos de engenharia pelo país, com destaque para a modalidade de oferta Ensino à Distância (EAD), tema este que será tratado de forma embasada e propositiva pela CCEEI. Também tem lugar de destaque a fiscalização voltada para os setores com demandas comuns às unidades da federação e específicas de cada regional, tais como: elevadores, caldeiras, vasos de pressão, estruturas metálicas (com aplicações estáticas e dinâmicas), carros alegóricos, transformadoras-modificadoras de veículos automotivos (blindagem, GNV, etc.) e manutenção de aeronaves.
Site do Confea: As profissões da área tecnológica são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano. Nesse sentido, quais grandes temas nacionais estarão na agenda prioritária da coordenadoria em 2020?
Sergio: Destaque para a ampliação e discretização das ações de fiscalização em hospitais e metodologia para avaliação de cursos de engenharia, os quais efetivamente devem formar profissionais hábeis e competentes para alçar o desenvolvimento e geração de riqueza em nosso país.
Site do Confea: Qual abordagem a coordenadoria dará às ações de fiscalização das atividades profissionais?
Sergio: No ano passado tive a oportunidade de participar da completa revisão e atualização do nosso Manual de Fiscalização. Este se tornou mais objetivo e prático com o propósito de facilitar a utilização pelos fiscais do Sistema Confea/Crea. Desse modo, neste ano temos como missão disseminar a prática do uso deste manual como orientador do sistema de fiscalização nas áreas afetas às coordenadorias industriais.
Site do Confea: No final de sua gestão à frente da coordenadoria, quais entregas espera fazer?
Sergio: Em primeiro lugar, são os temas prioritários, com informações e sugestões de ação para subsidiar a elaboração de resoluções, normativos, operacionalização e fiscalização por parte do Confea. Também temos planejado enviar uma proposta conceitual de “Sistematização de Acreditação” para ser implementada no âmbito do Sistema Confea/Crea. Nossa ideia é mudar a percepção da sociedade sobre a importância e necessidade de nosso sistema profissional, bem como apontar o mérito dos cursos e instituições de ensino superior que primam pelo zelo e responsabilidade na oferta e prática do ensino de engenharia.
Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Marck Castro, André Almeida e Edinaldo Rufino/Confea
