Direito Processual, o novo CPC e Ética: temas do Enaj

Brasília, 22 de novembro de 2018.

Se filosofia e advocacia pública foram os temas que na manhã da terça-feira (20) abriram o 4º Enaj  - Encontro Nacional das Assessorias Jurídicas do Sistema Confea/Crea, o novo Código de Processo Civil, a organização jurídica, os passivos judiciais e a assessoria ao plenário foram os enfoques  que complementaram a programação do primeiro dia do evento, que até o dia 23, reúne, em Brasília, 31 participantes vindos de Creas das cinco regiões brasileiras.

 

"Igor Garcia: integração"

 

Ao falar sobre a organização das procuradorias jurídicas do Sistema, Igor Garcia, procurador-chefe do Confea, defendeu “a necessidade urgente de nos alinharmos no entendimento e unicidade das ações diante de questões idênticas, mas tratadas diferentemente”. Para ele, “temos que atentar para a instrução das demandas”. Garcia ressaltou ainda que o Enaj “busca integração e fortalecimento das procuradorias do Confea e dos Creas, com o alinhamento de conceitos e práticas e a troca de experiências e de ideias entre os participantes”.

Já os grupos técnicos debateram sobre a advocacia preventiva e passivos judiciais, questões eleitorais do Sistema, saída dos técnicos industriais e o dia foi encerrado com a participação de Frederico Bernardes Vasconcelos, procurador do Banco Central e presidente da Comissão de Advocacia Pública Federal da OAB/DF.

 

 

Direito processual e o novo CPC
Na quarta-feira (21), a descontração de Elpídio Donizetti e o dinamismo de Rafael Vasconcelos de Araújo Pereira marcaram as palestras apresentadas. Em sentido amplo, Donizetti falou sobre “Novos Rumos do Direito Processual”, e o “Novo CPC, principais alterações e prerrogativas dos Conselhos” foi tema desenvolvido por Pereira. Com exemplos práticos, ele deu dicas sobre recuperação de créditos em execução judicial e provocou boa participação dos procuradores e assessores jurídicos que participam da 4ª edição do Enaj.

 

"Kuhlmann: foco"

 

Coerência, metas e independência
William Kuhlmann, gerente da Auditoria do Confea, abriu a programação da quinta-feira falando sobre Principais achados de auditoria no Sistema Confea/Crea. “Somos o foco dos órgãos de fiscalização do governo como o TCU (Tribunal de Contas da União) e da CGU (Controladoria Geral da União) e temos que seguir à risca as Resoluções baixadas e o regimento dos próprios Regionais no que se refere ao controle de gastos”. Para ele, “a definição de metas e indicadores a serem alcançados proporcionará uma administração cada vez mais transparente”.

 

"Esdras: ética"

 

Urbanidade e humanidade
Confessando que acredita “na existência da ética na advocacia”, Esdras Dantas de Souza, presidente da Associação Brasileira de Advogados - ABA e ex-presidente da OAB/DF, apresentou a palestra que encerrou as atividades da manhã.

“Temos que ser independentes, ter urbanidade e humanidade em nossa atuação”, ensinou o professor que leciona há 35 anos e como advogado atua em todos os tribunais sediados na capital da República.
Esdras criticou o excesso de faculdades de Direito: “Hoje temos 1.346 faculdades de Direito.  Sou testemunha de que 99,9% dos pedidos de novos cursos não têm a anuência da OAB, mas infelizmente o MEC defere todos os pedidos desde que cumpram as formalidades exigidas. Com isso, está havendo um empobrecimento da advocacia brasileira, principalmente quanto aos valores éticos.

 

"Pasteur, Tayssa, Michele e Romy"

 

Ainda pela manhã, homenageando todos os procuradores do Sistema, foram indicados os três mais antigos – a partir do ano 2000. Foram eles: Claude Pasteur, do Crea-SC; Tayssa de Abreu, do Confea; Michele de Souza Tavarani, do Crea-MS e Romy Valadares, do Crea-MG.

“Os Conselhos e o TCU” é o tema que ocupa toda a tarde desta quinta-feira (22). Confira a programação completa.

 

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Maria Helena de Carvalho

Equipe de Comunicação do Confea

Fotos: Marck Castro/Confea