Programa Mulher celebra conquistas após painel no Encontro de Líderes

Com a participação do presidente em exercício do Confea, eng. civ. Osmar Barros Júnior, comitê gestor do Programa Mulher se reúne em Brasília

Brasília, 4 de março de 2020.

O sucesso do painel do Programa Mulher do Confea, durante o 9º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua, em fevereiro, continua repercutindo em todo o Sistema.  Foi o que informaram a idealizadora do programa, eng. eletric. Fabyola Resende, e as demais participantes do Comitê Gestor do Programa, que promoveram sua segunda reunião ordinária ao longo desta quarta (4), no Confea. A reunião contou com a participação do presidente em exercício do Conselho, eng. civ. Osmar Barros Júnior, que assume a coordenação do Comitê.

Ao lado de Simone Baía (Fisenge e Gabinete do Confea), de Flávia Roxin (representante das coordenadorias nacionais de câmaras especializadas) e de Giucélia Figueiredo (representante da Mútua), Fabyola comentou que “o programa superou as expectativas iniciais do Comitê”, depois da realização do Painel. “Os Creas agora querem implantar o Programa Mulher. O Confea está recebendo telefonemas quase todos os dias, em busca da diretriz do programa”, complementa a engenheira química Simone Baía, informando que essas diretrizes ainda estão sendo sistematizadas, em tema que seria um dos assuntos abordados durante a reunião.

“É importante definir as diretrizes do que é e de como pode ser feito, propondo a criação de comitês, a exemplo do que já existe nos Creas do Paraná, Mato Grosso e Pernambuco”, disse Fabyola, sendo ressalvada pela representante das coordenadorias nacionais de câmaras especializadas. “É preciso contemplar todas as profissionais, inclusive as que não têm mandato”, disse Flávia Roxin, sob a anuência de todos. “Acredito que essas experiências possam dar a diretriz para a disseminação do Programa Mulher”, comentou Osmar Barros Júnior, ressaltando o prazer de participar das discussões do Programa.

Tratamento estatístico
O presidente em exercício do Confea destacou a importância de que o programa trabalhe com dados estatísticos. “Não tinha dúvida nenhuma que o Programa Mulher ia decolar, mas acho necessário trabalharmos com um mapeamento estatístico, em várias esferas”, disse, propondo, por exemplo, que seja buscada a obtenção de dados junto ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), em torno da participação feminina no sistema de ensino superior.
“Hoje, em algumas modalidades, essa participação feminina já supera a masculina. Em alguns cursos de engenharia, ela já é paritária. Por isso a importância de tentarmos conseguir esses números junto ao Inep”, disse, considerando também que o próprio perfil da atuação profissional das egressas tem mudado bastante nos últimos anos.

“Há um número cada vez maior de egressas tocando a obra tranquilamente. A mulher não fica mais só na parte administrativa, como era antes”, acrescentou Osmar, sugerindo a necessidade de as instituições de ensino acompanharem as egressas e egressos da Engenharia e da Agronomia. “Isso poderia ser feito por meio da atuação dos colégios de instituições de ensino, que estão sendo criados em alguns Creas. Mas também estamos vendo diretamente com o Mec a possibilidade de ele criar uma política de acompanhamento dos egressos para sabermos onde estão os engenheiros e as engenheiras”.

Êxito do Painel Mulher, no Encontro de Líderes Representantes do Sistema, tem incentivado a criação de comitês pelos Creas


A engenheira agrônoma Giucélia Figueiredo concordou com o posicionamento de Osmar Barros Júnior, ressaltando a necessidade de apresentar “a nova fotografia do Sistema”, reunindo não apenas dados sobre a participação feminina, mas também recortes geracionais e da sua diversidade racial e outras. “Teríamos elementos concretos para trabalhar melhor com os nossos profissionais”, ressalta.

Participação no Sistema e Dia da Mulher
A idealizadora do Programa Mulher destacou que os Creas estão sendo solicitados a enviar as suas relações de conselheiras titulares e suplentes e também de diretoras para os anos de 2019 e 2020, a exemplo do que foi obtido em relação a 2018. “Esse controle nos permitiu dar origem ao Programa Mulher. Os dados devem nos trazer essa fotografia da Engenharia no Brasil. Por isso, seria interessante que estabelecêssemos esse registro regimentalmente”, disse Fabyola. “Esse ano, por exemplo, temos menos coordenadoras de câmaras especializadas, apenas a coordenadora adjunta da Comissões de Ética dos Creas, a Kelly Cristina Ramos”, ponderou Flávia Roxin.

Durante a reunião, não foi possível ainda confirmar a ação do Programa Mulher na Câmara dos Deputados, prevista para acontecer no próximo dia 25, alusiva ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, conforme foi anunciado durante o Painel realizado no Encontro de Líderes. “Infelizmente, ainda não foi possível ter essa confirmação por parte da Secretaria da Mulher da Câmara, com quem pretendemos fazer essa ação conjunta”, disse, informando que algumas profissionais já estão sendo consideradas para integrar a programação.

Flávia Roxin acrescentou que, à frente da Associação Feminina de Engenharia, Agronomia e Geociências de Minas Gerais (Afeag-MG), promoverá uma caminhada na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, no próximo domingo (8), voltada para a comunidade em geral.  Já Giucélia, informou que o tema da atuação feminina em 2020 é: “Basta de violações! Juntas por Direitos”.  Fabyola Resende informou ainda que dia 23 de junho, Dia Internacional da Mulher na Engenharia, deverá ser realizado – após aprovação do plenário do Confea - o Encontro Nacional do Programa Mulher, convidando uma representante de cada Crea. “E em agosto, promoveremos uma homenagem aos comitês dos regionais, durante a Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, em Goiânia”, acrescentou.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea