Coordenadoria defende GT sobre atividade de manejo florestal

 

Reunião da Coordenadoria de Florestal
Participantes da segunda reunião ordinária da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal: atuação em fóruns federais entre as propostas

Brasília, 11 de setembro de 2020.


A Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal (CCEEF) promoveu, nestas quinta e sexta (11), sua segunda reunião ordinária, a primeira realizada de forma virtual. Com a presença do conselheiro federal eng. agr. Annibal Margon, os grupos de trabalho internos apresentaram propostas. Entre elas, o coordenador nacional Guilherme Reisdorfer destaca a de criação de um grupo de trabalho, no Confea, para a defesa da atividade de manejo florestal, em decorrência dos desafios que estão sendo enfrentados para seu exercício no país. No primeiro dia, a reunião contou ainda com a participação da engenheira eletricista Fabyola Resende, gerente de Relacionamentos Institucionais do Confea.

Segundo Guilherme, a realização da plenária exigiu o ajuste da metodologia de trabalho da CCEEF  “para que os produtos do plano de trabalho já venham formatados pelos grupos de trabalho de cada item, apenas para discussão e deliberação”. Apesar da redução de tempo da reunião, ele acredita que o grupo atingiu o que havia sido estabelecido. “Está sendo um aprendizado, essa nova forma de reunião.

Guilherme destacou a proposta de criação de um grupo de trabalho no Confea para a discussão dos dispositivos infralegais dos órgãos ambientais, relativos ao manejo florestal. “A gente vê essa proposta como muito importante para a engenharia florestal. Percebemos uma espécie de criminalização da atividade do manejo florestal, confundindo desmatamento ilegal com as atividades de manejo florestal. Os engenheiros florestais que atuam nessa área estão incomodados por uma visão distorcida do que é o manejo florestal, uma atividade importante para o país, a melhor forma para que a região amazônica possa conciliar o aproveitamento econômico com a conservação da floresta, por meio da atuação do engenheiro florestal”, diz.

De acordo com o conselheiro federal Annibal Margon, haverá a solicitação de informações complementares, junto aos Creas, para buscar a melhor forma de o GT apresentar as atribuições do manejo florestal. “É uma antiga reinvindicação dos engenheiros florestais que enfrentam problemas de invasão de atribuições, sobretudo com os biólogos. A Comissão Temática de Harmonização Interconselhos também deverá se manifestar quanto a isso”, informou, apontando também a importância da discussão, junto aos Creas, de diretrizes para a ampliação da fiscalização em empreendimentos que demandam serviços de engenharia florestal com o objetivo de proteger a vida.

Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas – CSFP/MAPA 

Outra proposta é a de participação do Confea como representante na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas – CSFP/MAPA para tratar da política e planos para as florestas plantadas, presentes em todas as regiões do Brasil, com destaque nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “É uma câmara técnica em que são discutidas questões legais de regulamentação de florestas plantadas. Foram indicados os engenheiros florestais Eleandro José Brun e Dagoberto Stein de Quadros. É de grande importância sermos representados nessa discussão, haja vista a relevância do setor florestal na economia do País, sendo o segundo produto agrícola que mais contribui nas exportações do PIB agrícola, atrás apenas da soja. É um setor que está em franca expansão, e é importante nos inserirmos nessa discussão”, afirma Guilherme. 

O coordenador da CCEEF ressalta ainda a participação do Confea nos fóruns e câmaras que tratam dos assuntos pertinentes à engenharia florestal. “O Confea já faz parte de outras câmaras técnicas. Sempre temos interesse de participar das câmaras técnicas relativas à área da engenharia florestal e meio ambiente. Temos uma boa relação com a Sociedade Brasileira de Engenharia Florestal – SBEF que também têm indicado representantes. Nosso interesse é poder nos fazer presentes e contribuir para que as políticas púbicas do setor sejam discutidas e definidas da melhor forma para o setor florestal, para a sociedade e para o meio ambiente”.

Outro item da pauta da reunião foi a apreciação de um ofício do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama sobre a implantação do Sinaflor+. Segundo Guilherme Reisdorfer, “o Sinaflor é uma ferramenta que tem impactado diretamente na atuação dos engenheiros florestais em todo o país, tendo no início apresentado dificuldade de operação por parte dos profissionais do Sistema, bem como problemas no funcionamento. O Sinaflor+ trouxe melhorias ao sistema, trazendo essas informações ao Confea pelo ofício enviado. A engenharia florestal tem grande interesse no bom funcionamento do sistema, pois ele impacta diretamente nas atividades dos profissionais. As situações têm sido discutidas através de grupos de whatspp organizados pela Sbef, criados com o objetivo de propor melhorias ao Sinaflor+”, informa.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea