Quatro horas de bate-papo marcaram o 2º Encontro de Inovação – Inovar

Da esq. p/dir.: Alex Kamei, Carla Mara D'Alexandre, Rosângela Simonetti, Fernando Henriques, Ingrid Araújo, Fernando Luis e Lilian Bacelar. Alguns dos vencedores dos pitches promovidos pelo Inovar
Da esq. p/dir.: Alex Kamei, Carla Mara D'Alexandre, Rosângela Simonetti, Fernando Henriques, Ingrid Araújo, Fernando Luis e Lilian Bacelar. Alguns dos vencedores dos pitches promovidos pelo Inovar

Brasília, 22 de novembro de 2021.

Com um bate-papo envolvendo dezenas de participantes, presencialmente e pela internet, o 2º Inovar – Encontro Nacional de Inovação do Sistema foi realizado nesta segunda (22), em Brasília. As experiências da empresa Aevo, de tecnologia para gestão da inovação, e do Crea-SP, em sua recente transformação digital, e as premiações do 1º Game Inovar marcaram o evento.

Na abertura, a coordenadora do projeto, Rosângela Simonetti, enfatizou a importância da participação de diversos colaboradores do Confea durante a jornada e de como o presidente Joel Krüger "incentiva, apoia e patrocina os programas de inovação, Inovar e Confea Inova". Conforme ressaltou a assessora, lotada na Superintendência de Estratégia e Gestão (SEG) do Confea, o principal objetivo do projeto, implantado há um ano, é “disseminar a cultura da inovação no Sistema”.

Com o uso de “storytelling”, Rosângela contou a história do primeiro ano de inovação no Sistema. “A gente tem muito o que comemorar, após um ano do primeiro evento sobre inovação do Sistema. O que estamos trazendo hoje é uma mostra da consideração que temos por este projeto, pela responsabilidade e pelo desafio que ele é. É uma história muito bacana”, diz, citando que 50 das 80 pessoas inscritas participaram do primeiro “game” no Confea, em 10 times e oitos “pitches” entregues.

O período da manhã foi marcado pelo bate-papo com o diretor de Operações da Aevo, Alex Ribeiro Júnior. A Aevo é uma startup que oferece plataformas para gestão da inovação. Ele respondeu algumas perguntas sobre o Programa de Ideias, além de aspectos como a cultura e os desafios institucionais, apresentando “cases” da atuação da empresa.

Coordenadora do Inovar, Rosângela Simonetti conversa com Alex Ribeiro Jr. e o superintendente de Estratégia e Gestão do Confea, Renato Barros
Coordenadora do Inovar, Rosângela Simonetti conversa com Alex Ribeiro Jr. e o superintendente de Estratégia e Gestão do Confea, Renato Barros

No período da tarde, novamente em formato descontraído entre o público presente, os convidados e os internautas, foram apresentadas as experiências de transformação digital do Crea-SP com os depoimentos do superintendente de Tecnologia e Inovação, Israel Macedo; da gerente de Projetos e Inovação, Flávia Vargas, e da gerente de Experiências de Atendimento ao Cliente, Ana Carolina Augusto.
 
Em seguida, foram anunciados os pitches vencedores do 1º Game Inovar, quando os cinco integrantes, representando o Crea-PR, Crea-MG e o Crea-BA, subiram ao palco para receber as placas de homenagens das mãos da coordenadora. Representando as melhores pontuações individuais do game, Fernando Henriques, do Confea, recebeu o certificado em nome de nove homenageados. “O segundo Game Inovar vai acontecer em breve, bem-estruturado para todos participarem”, convidou Rosângela.

Fazer diferente
A assessora da SEG conta que o presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, gostou do engajamento obtido no 1º Inovar e fez uma “encomenda bem simples”: um programa de inovação para a gestão e um programa de inovação para o Sistema. “Depois do susto, eu mostrei e ele aprovou. É assim que a gente tem lidado com as coisas aqui dentro, nessa empolgação do presidente e nessa minha vontade de fazer”. 

A conversa guiada por Rosângela Simonetti atraiu um grande público ao evento, motivando para a continuidade do projeto em todo o Sistema
A conversa guiada por Rosângela Simonetti atraiu um grande público ao evento, motivando para a continuidade do projeto em todo o Sistema

Ela descreveu ainda que o Programa de Inovação Continuada da Gestão foi apresentado em abril deste ano, seguido de seu lançamento oficial e de workshop com gestores e workshop com colaboradores. “Todos esses workshops envolveram games, aplicando as mesmas técnicas do que foi feito com o Inovar. Os games foram utilizados para a gente capacitar as pessoas de uma forma diferente. Todos os conceitos que gostaríamos que fossem disseminados utilizamos na gameficação, principalmente para as pessoas entenderem que através da gameficação a gente pode fazer mais rápido, de maneira lúdica e pode entregar resultados. O importante foi mostrar que podemos fazer diferente, e nós conseguimos”.

Em setembro, foi desenvolvido um workshop de alinhamento. “Com formato mais interativo, um bate-papo mais descontraído. Falamos muito sobre a aplicação da inovação em órgãos públicos, dificuldades e barreiras por onde a gente podia começar. Esse bate-papo alicerçou muito a formação de opinião dos nossos participantes. Nós fizemos uma coleta de dados e percebemos que as expectativas dos participantes do Confea Inova estão mais voltadas para aprender novos conteúdos, novas ferramentas e novas metodologias que possam ser aplicadas no dia a dia do trabalho”.

Indicadores e ações
Ainda segundo Rosângela, desde maio deste ano, o Confea vem viabilizando a possibilidade de fazer contratações para fomentar a inovação. “Em julho, trabalhamos mais pesado no processo de contratação que está tramitando dentro da casa. Queremos fazer um registro de preços  para a contratação de empresas que possam auxiliar, não só internamente o Confea, mas também os Creas, a desenvolver programas de inovação em seus regionais, por adesão”.

Ao comemorar o primeiro ano do projeto, com “dois bate-papos importantes e a entrega das premiações do 1º Game Inovar”, a gestora considerou ainda que “as mudanças começam naquilo que é simples porque aí a gente consegue trazer resultados mais rápidos. No Confea, escolhemos como prioridade trabalhar a questão da cultura. O que precisamos é fazer essa mudança de paradigmas, desengessar para poder evoluir”, estimulando o primeiro convidado, Alex Ribeiro Júnior, da Aevo, a compartilhar, durante quase duas horas, um pouco sobre sua visão sobre o “Programa de Ideias”, contextualizado por ela como o próximo passo a ser dado na inovação do Conselho.

Programa de Ideias
Segundo Alex, o Programa de Ideias é uma estratégia de inovação contínua, centralizada, que tem o objetivo de usar as ideias dos colaboradores para resolver os problemas da empresa, apoiar os processos de inovação e de sustentação, a chamada melhoria contínua, e ainda os processos de disrupção. “Quando a gente pensa em inovação, tem inúmeras fontes de inovação para aproveitar o potencial dessas fontes para gerar inovação. O Programa de Ideais é uma diretriz que utiliza o potencial interno de empreendedorismo dos colaboradores para gerar inovação”.

As experiências da Aevo foram compartilhadas por Alex Ribeiro Jr
As experiências da Aevo foram compartilhadas por Alex Ribeiro Jr


Ele informa que termo atualiza um conceito do início do século XX, que teria dado origem a sistemas de inovação implementados pela empresa japonesa Toyota. “Não é muito novo, está em pauta com esse nome agora, mas já é usado desde o começo do século XX nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, já depois da Segunda Guerra”. 

Alex Ribeiro Jr. descreve que o Programa de Ideias funciona basicamente por desafios, campanhas, problemáticas para os colaboradores, que enviam ideias valendo pontos. “Existe um programa de gameficação intenso no Programa de Ideias e o foco é implementar. A inovação é uma ideia implementada que gera valor. Se ela não gerar valor, é no máximo uma invenção”. 

Em resposta a Rosângela, Alex informou que o Programa de Ideias pode implementar programas complexos. “Estamos em uma era disruptiva, e o Programa de Ideias foi associado a ideias incrementais, o que fez com que ele perdesse um pouco a sua visibilidade no final do século passado. Mas ele não pode ser associado apenas a ideias incrementais. Na Aevo, a gente sempre define as ideias em simples e complexas. Isso varia de empresa a empresa, varia conforme os recursos relacionados à implementação da ideia, o tempo para a implementação, quantas áreas vão ser necessárias, os riscos envolvidos. Mas você deve dividir as ideias simples e as ideias complexas, por meio de dois fluxos separados”. Rosangela esclareceu que a inovação incremental é a que gente faz em algo que já existe, enquanto a inovação disruptiva muda um processo, traz algo totalmente diferente.

A gestora também questionou se é preciso ter uma área específica para tratar o tema. “Não precisa ter um setor dedicado, mas você precisa ter pessoas dedicadas para um Programa de Ideias. O sucesso desse Programa é baseado em cima das pessoas que estão implementando. Essa pessoa vai ser responsável por fazer o alinhamento com os ‘stakeholders’ (públicos alvos), garantir o engajamento da liderança e das pessoas, garantir que o processo seja fluido e sempre em aperfeiçoamento.  Mais importante que o seu processo é o processo que melhora o seu processo”. 

A experiência de Alex, jovem de apenas 27 anos, levou o público presente e os internautas a promover perguntas que enriqueceram o bate-papo.

Estímulos à inovação
O superintendente de Estratégia e Gestão do Confea, Renato Barros, manifestou que a inovação está no dia a dia das pessoas, mas a pandemia de covid-19 acelerou essa necessidade. “O Confea está incentivando essa inovação, desenvolvendo Encontros Técnicos com as áreas temáticas dos Creas e Confea como este, que já é o décimo sexto evento deste tipo este ano. Ainda temos mais dois previstos. Então, é um momento de refletir e nos engajarmos”, disse, questionando como estimular a inovação a fazer parte do dia a dia dos funcionários.

Rosângela considerou então que há muito anseio por mudança no Confea. “Esses debates ajudam a puxar esse fio. É um anseio da humanidade, no momento em que a gente está vivendo, que as coisas sejam diferentes e melhores, entregando resultados, mas, sobretudo, agregando valor. Os nossos profissionais entendem essas dores e sabem onde fazer a diferença”.

Ana Carolina, do Confea, manifestou preocupação com a continuidade da inovação no Sistema
Ana Carolina, do Confea, manifestou preocupação com a continuidade da inovação no Sistema

Ao retomar sua fala, Alex Ribeiro considerou que não é necessário promover uma mudança cultural para implementar um Programa de Ideias. “A inovação cultural é o primeiro passo para a transformação, mas não quer dizer que precisa ser uma atividade em cascata. O próprio Programa de Ideias é um indutor de mudanças. E quando a gente fala de engajamento em si, no fundo, a gente está falando de mudança de comportamento. O que a gente quer não é simplesmente que as pessoas se engajem pontualmente”.

Segundo ele, o primeiro passo para a mudança de comportamento é a conscientização. “Elas precisam entender o que é essa mudança de comportamento, o que está sendo pedido, e também isso precisa fazer sentido. Isso tem muito a ver com as pessoas entenderem, saberem o que é esperado delas, o que isso pode fazer sentido, trazer de benefício para elas”.

O segundo passo é o processo de reforço. “Você precisa ter processos que o tempo todo reforcem para a necessidade dessa mudança de comportamento. O Programa de Ideias está ligado a programas de reconhecimento, programas de benefícios, de recompensas. Tem inúmeras maneiras de você reforçar o tempo todo os comportamentos desejados das pessoas”.

O terceiro passo são as competências. “São as capacitações. Ninguém vai se engajar a longo prazo, ninguém vai ter uma mudança de comportamento, se ela não se sentir capacitada para isso”. E o último passo é modelo de conduta. “Para mim, é dos mais importantes. As pessoas vão mudar o comportamento delas, se elas virem os pares delas se engajarem. Não adianta elas estarem capacitadas, se os pares não estiverem engajados. Aí entram os embaixadores, que multiplicam esse engajamento sendo um modelo de conduta até fora da liderança”, diz Alex, citando ainda a necessidade de “feedbacks” rápidos para essa conquista dos colaboradores. “Caso contrário, as pessoas não se engajam, mesmo que os retornos sejam negativos”.

Experiências do Sistema
Do Crea-MG,  o engenheiro eletricista Fernando Luís de Almeida sugeriu a necessidade de ser feita uma diretriz do Confea para os Creas, ao comentar uma cartilha distribuída durante o evento. “Poderia ter de forma detalhada o que vamos fazer. Isso agrega, cria um horizonte, cria uma determinação do Conselho Federal para os regionais, de forma que esse programa seja assimilado em todos os sentidos”.
 
Rosângela Simonetti considerou que um Programa de Inovação deve conter projetos que gerem um pacote de trabalho e que a SEG está atuando neste sentido.  “Mas o ‘como fazer’ depende muito da configuração de cada regional”, disse, sugerindo uma similaridade dessa linha de atuação com as iniciativas do Programa Mulher.

Ao complementar, o superintendente Renato Barros descreveu que, “nos últimos anos, a gestão do Sistema Confea/Crea está sendo feita de forma colaborativa”. Ele exemplificou que, em relação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Confea vem construindo um programa de implementação, acompanhamento e boas práticas, em conjunto com os Creas. “É um fórum permanente de discussão, inclusive com um site no SharePoint, compartilhamento de documentos e boas práticas. Então, isso está sendo constante, sendo inclusive apresentado no Colégio de Presidentes”.

Renato citou ainda, entre as experiências colaborativas do Sistema, o SEI Multiórgãos, em que o Confea e Creas estão escrevendo um Plano de Implementação para a aprovação por parte do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que detém o software. “Outro projeto que está sendo feito em conjunto é o Sistema Corporativo Nacional Integrado, um projeto desafiador que é o sistema único para todos os Creas e que também teve a participação da Mútua, do Confea e de mais sete Creas. O relatório final foi feito agora em setembro e estamos em fase de desdobramentos. Então, esse é o modelo, criado de forma colaborativa entre o Confea e os Creas”.

Um dos premiados, Luis Fernando de Almeida, do Crea-MG, questionou a orientação do projeto por parte do Confea
Um dos premiados, Luis Fernando de Almeida, do Crea-MG, questionou a orientação do projeto por parte do Confea


Outro ponto em relação à governança do Sistema, questionado pela colaboradora Carla Mara, do Crea-PR e que seria uma das premiadas, diz respeito às burocracias internas e aos controles externos, desenvolvidos por órgãos como o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União. “Esse ambiente possibilita respostas mais rápidas, tanto do Conselho Federal, como dos Creas e outros órgãos”, disse o superintendente de Estratégia e Gestão, exemplificando que, na próxima semana, o Confea e a Mútua se reunirão com o Tribunal de Contas da União – TCU a respeito da tecnologia “blockchain” – plataformas de assinatura eletrônica, com os códigos fontes, do tipo avançada, com uso de tecnologia de blocos selados por códigos criptográficos em correntes de registro invioláveis.

Já em resposta à colaboradora Ana Carolina Brito, do Confea, sobre a continuidade dos processos de inovação no Sistema, Rosângela pontuou que “o dilema do Confea é comum a outros órgãos públicos onde técnica e política precisam coexistir”. Segundo ela, que também atua como respondente junto ao TCU quanto ao Autodiagnóstico de Governança e Gestão Pública, os órgãos de controle externo estão exigindo a execução de procedimentos que criem mecanismos de governança e gerem resultados eficazes para o Sistema.

“A governança pública, que é outra área que a SEG atua”, retomou Renato, “cria estruturas para fazer esses mecanismos funcionarem e não mudarem a cada vontade de um novo gestor. O planejamento faz esse direcionamento melhor. Por exemplo, o Orçamento-Programa prevê o planejamento para um ano depois da saída do presidente. Não somente pela exigência dos órgãos externos, mas também pela necessidade de sermos mais eficientes, pela cobrança da sociedade em entregarmos valor pelo que ela custeia, o Sistema se sente obrigado a fazer com que as coisas aconteçam de uma forma mais perene”, considerou.

Superintendente de Estratégia e Gestão do Confea, Renato Barros esclareceu a importância da inovação na governança do Confea e no Sistema
Superintendente de Estratégia e Gestão do Confea, Renato Barros esclareceu a importância da inovação na governança do Confea e no Sistema


Rosângela Simonetti comentou ainda que a inovação precisa ser pensada com um horizonte maior, o que para ela deve ser uma preocupação dos Regionais. “A inovação por si só, se fosse só um desejo do presidente Joel, poderia morrer no próximo mandato. O nosso programa está dentro do nosso Plano Institucional do Confea e do Orçamento-Programa. E ele tem toda uma vinculação com a transformação digital, que é uma ideia também a ser implementada. Então, não dá para fazer o programa de inovação por si só.  As mudanças de gestão não podem colocar por terra aquilo que já se avançou e, hoje, isto é mais responsabilidade de execução técnica do que de decisões do ente político”.

Case Crea-SP
Do Crea-SP, já no período da tarde, o superintendente de Tecnologia e Inovação, Israel Macedo; a gerente de Projetos e Inovação, Flávia Vargas; e a gerente de Experiências de Atendimento ao Cliente, Ana Carolina Augusto, contaram a história da transformação digital que está ocorrendo no regional, as dificuldades e resultados obtidos em apenas um ano de mudança, sempre ressaltando a importância da colaboração, do planejamento estratégico e dos incentivos que recebem do presidente do regional, eng. Vinícius Marchesi.

O público ficou atento por mais de duas horas, ouvindo a história de inovação do Crea-SP. Segundo o grupo, o presidente do regional buscou no mercado profissionais para desenvolver o processo. O primeiro a chegar foi Israel, que trouxe Ana e por fim Flávia, todos oriundos da iniciativa privada e com sólidas experiências em inovação, apesar das formações mais diversas e inusitadas, como Artes Visuais e Fisioterapia, “provando que não existe uma área específica onde se encontram agentes de inovação e transformação”, segundo pontuou Rosângela, durante a conversa.

Israel compartilhou com o público como foi criada uma Superintendência para tratar do assunto e qual a importância de uma estrutura formal para dar o suporte à implementação de iniciativas de inovação. Quando foram perguntados sobre resistências encontradas, Flávia, que está há apenas três meses no Crea-SP, afirmou que ficou surpresa com o engajamento ao projeto e Israel complementou, dizendo que parte do sucesso que estão tendo se deve ao forte patrocínio do presidente Vinícius.

A coordenadora do evento perguntou se eles poderiam citar “um momento onde tivessem dito: ‘Uauu, agora vai...’”, ao que todos afirmaram que não existiu um momento específico, mas vários pequenos momentos onde isto aconteceu. Flávia sustentou que “é gratificante perceber como as pessoas, quando se percebem parte da transformação, se empenham junto com o time para que os resultados apareçam”.

Flávia Vargas, Israel Macedo e Ana Carolina Augusto apresentam a Rosângela e ao público as características da inovação da área de tecnologia no Crea-SP
Flávia Vargas, Israel Macedo e Ana Carolina Augusto apresentam a Rosângela e ao público as características da inovação da área de tecnologia no Crea-SP


Rosângela, então, a questionou sobre como o Planejamento Estratégico, instrumento considerado fundamental para o direcionamento das ações de transformação, foi construído de forma tão rápida, tendo em vista que ela conduziu o trabalho e está há tão pouco tempo no Crea.  Flávia explicou que o planejamento foi realizado em quatro etapas e com várias mãos, juntando alta administração, corpo tático e operacional. “Utilizando o método Kanban e outras ferramentas da metodologia Ágil, hoje o Crea conta com os direcionadores estratégicos definidos e 22 projetos a serem desenvolvidos”.

Por sua vez, Ana Carolina foi instigada a discorrer sobre o trabalho desenvolvido por ela. Começou descrevendo o curtíssimo prazo para a ampliação da capacidade de atendimento do Crea, realizada com parceiro externo em 45 dias e como o grupo acompanha o sucesso da iniciativa. Citando NPS (Net Promoter Score) como exemplo, disse que este indicador apresentou melhoria significativa. Falando de futuro, disse que nas próximas etapas está prevista a utilização de camadas de inteligência para melhorar respostas e direcionar questões conforme sua complexidade ou responsabilidade, sempre colocando o profissional no centro do negócio. Considerou ainda que foi um grande desafio, mas de extrema importância como marco de entregas do projeto de Transformação do Crea-SP.

Os internautas e público presente enviaram perguntas que foram respondidas pelos convidados e solicitaram o envio de material posteriormente.

Homenagens

As homenagens começaram com uma pequena retrospectiva que contou a história do 1º. Game Inovar. Começando pela transmissão dos vídeos dos pitches e seguida pela “presença online” de Rodrigo Narcizo, facilitador e professor de inovação, “design thinking” e Inovação, que deu um breve depoimento, saudando os participantes. “Sem ele a gente não teria conseguido evoluir tanto nos nossos games. Junto ao mentor de inovação e game master George Andrade, eles foram fundamentais para  jogar online, transformando em realidade um desafio que a nunca antes vivido. Foi muito interessante o envolvimento de todos”, disse a assessora da Superintendência de Estratégia e Gestão do Confea.

Carla Mara D’Alexandre (Crea-PR) e Lilian Bacelar (Crea-BA) relataram a apreensão e dificuldades que tiveram para gravar os pitches e como ficaram surpresas de saber que tinham vencido o game. Fernando Luís de Almeida (Crea-MG), Alex Kamei (Crea-BA) e Ingrid Guimarães (Crea-BA) subiram ao palco para receber as placas de homenagem e certificados pelas mãos da coordenadora do evento. Representando as nove melhores pontuações individuais, o colaborador Fernando Henriques do Confea, também recebeu o certificado presencialmente.

                                                                              Confira os vencedores:
 

1º Lugar: Time 06 - "Criar um banco de dados com informações das instituições de ensino e atribuições para acesso a todos os Creas".
Alex Wilson Kamei Guimarães - CREA/BA
Carla Mara D'Alexandre - CREA/PR

2º  Lugar: Time 04: "Criar um programa educativo nas escolas e universidades sobre o Conselho".
Ingrid V. da Silva Araújo - CREA/BA
Fernando Luis de Almeida - CREA/MG
Lilian C.P. Bacelar - CREA/BA

Melhores pontuações individuais:

Murilo Roberto Kricheldorf (Crea/SC): 185 pontos
Paula F. Teixeira (Crea/PR): 151 pontos
Márcia Tavares (Crea/RJ): 133 pontos
Rhuan Bittencourt (Crea/SC): 130 pontos
Sérgio M. Martins (Confea): 106 pontos
Fernando Henriques (Confea): 104 pontos
Cattere Reges (Crea/TO): 104 pontos
Alessandra Scheffer (Crea/RO): 104 pontos
José M. Rodrigues Júnior (Crea/CE): 104 pontos

 

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea

Fotos: André Almeida/Confea