Sistema Confea/Crea lamenta morte do professor Alfredo Scheid Lopes

Brasília, 26 de maio de 2020.

Extensa ao registrar o trabalho desenvolvido pelo engenheiro agrônomo Alfredo Scheid Lopes, a nota de pesar por seu falecimento publicada no site da Universidade Federal de Lavras (MG) revela o respeito, o reconhecimento e reverencia a memória do professor que durante 28 anos – de 1962 a 1990 - pertenceu aos quadros  da Ufla, onde atuou no Departamento de Ciência do Solo (DCS).

O professor Alfredo, à esquerda, em 2014.

O Sistema Confea/Crea se solidariza com a família, com a comunidade acadêmica e com as centenas de estudantes que tiveram o privilégio de serem seus alunos e lamenta o falecimento provocado por um câncer e ocorrido no sábado, 23/05.

Ao se manifestar, o também engenheiro agrônomo e chefe-de gabinete do Confea, Luiz Antonio Rossafa, prestou  homenagem ao professor afirmando que Alfredo Sheid Lopes “foi explicitamente grande, honrou a Agronomia e a humanidade em geral”. 

Rossafa Lembrou que “bilhões de pessoas se alimentam do seu esforço intelectual e braçal” e que “gerações inteiras de profissionais desfrutam dos seus ensinamentos”. 

O chefe de gabinete desejou que o trabalho Alfredo Scheid Lopes “frutifique sempre” e que o professor “esteja em paz”. 

Lamentando o falecimento, o engenheiro civi e presidente do Confea, no exercício do cargo, Osmar Barros Júnior destacou o “pioneirismo” de Scheid no estudo do solo do Cerrado brasileiro e sua “dedicação mesmo depois de aposentado”.

Também professor, Osmar chamou a atenção para uma das declarações de Alfredão, como era chamado, “quero produzir e ser útil nas coisas que acredito, como a formação dos acadêmicos”. 

Conhecimento, pioneirismo e estratégia
Nos anos de 1970, o pioneirismo de Scheid no estudo em solos do Cerrado brasileiro permitiu aumentar a produção agrícola e é considerado uma das maiores conquistas agrícolas do século 20. Para constatar  que era possível e necessário estabelecer estratégias de manejo da fertilidade dos solos no bioma Cerrado, Scheid percorreu uma área de mais de 600 mil quilômetros  quadrados, avaliando 518 amostras, em um estudo completo que ficou conhecido pelo pioneirismo na verificação do grau de “infertilidade” dos solos dessa região e foi publicado em periódicos nacionais e internacionais de referência na época.

Natural de  Mindurí (MG), onde nasceu em 19/12/1937, Alfredo Scheid Lopes formou-se em 1961  pela  Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) , e possuía mestrado e doutorado em Ciências do Solo pela na Universidade da Carolina do Norte (EUA). Faleceu aos 83 anos e foi enterrado em Lavras, no domingo 24/05.

Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea