Brasília, 31 de maio de 2006
O Instituto Brasileiro de Engenharia realizou nos dias 30 e 31 de maio, no auditório do Confea, o Fórum Nacional Gás Brasil 2006. O evento contou com o apoio do Confea-Crea/DF, do Ministério de Minas e Energia e da Petrobrás.
No primeiro dia, foram discutidos temas relacionados com aspectos técnicos, regulatórios, de infra-estrutura e ambientais. O primeiro a proferir palestra foi Marcos Vinícius Zanlorenzi, da Levy & Salomão Advogados, que falou sobre financiamento de projetos de infra-estrutura.
Começou falando dos requisitos que deve ter a legislação do gás no Congresso Nacional para poder viabilizá-lo. Ressaltou a importância de haver bons contratos de transportes com as carregadoras, cujos preços possam ser viabilizados. “Este encontro é importante pela discussão de vários assuntos referentes ao gás natural, cujo tema é de interesse de toda a sociedade, principalmente em momento como esse”, afirmou Zanlorenzi.
O Dr. João Nildo de Souza Vianna, da Universidade de Brasília, do Centro de Desenvolvimento Sustentável – CDS, abordou o tema sobre o papel do gás natural na sustentabilidade energética. Começou fazendo um breve histórico de como o gás chega nas residências.
Vianna deu um exemplo de como o gás natural pode diminuir a poluição, em comparação, por exemplo, com o diesel, que emite substâncias extremamente tóxicas. Em contrapartida, o gás natural é capaz de reduzir em mais de 90% a emissão desses poluentes.
O palestrante também mostrou dados que comprovam que o gás natural gera empregos e receitas maiores. Outro dado importante, é em relação ao cidadão, que ao optar pelo gás, economiza 60% em relação ao custo de operação diário.
Segundo Vianna, a sustentabilidade territorial é uma oportunidade de se integrar em torno do combustível com os países vizinhos da América do Sul, como Argentina, Chile, Uruguai e Peru.
O último palestrante a falar foi o Dr. João Alencar Oliveira Júnior, da Universidade Federal do Ceará, que falou sobre livro de sua autoria sobre uso do gás natural no transporte público.
Sua palestra foi em defesa do uso do GNV-Gás Natural nos ônibus de transporte público.
Segundo ele, hoje já existe uma tecnologia para o uso do gás. “Essa modalidade também tem a vantagem de reduzir a emissão de poluentes na atmosfera”, ressaltou.
O único problema levantado por ele, seria o aumento da tarifa, pois a tecnologia é mais cara, aumentando assim, os gastos. A solução, propõe, é diminuir tributos na compra dos ônibus de 50% ou até mesmo isenção.
Isabel Almeida
Da Equipe da ACOM
