Brasília, 21 de novembro de 2018.

Trazer a vivência da filosofia para a prática do cotidiano e manter em alinhamento a Justiça, a Ética e o Direito - “o que, infelizmente, nem sempre acontece” - foi o tema da palestra que na manhã da terça-feira (20), abriu a 4ª edição do Encontro Nacional das Assessorias Jurídicas do Sistema Confea/Crea (Enaj). Sob o título “O papel da Ética no exercício do Direito”, e apresentada pela advogada Karla Andrade Costa Lacombe, a palestra atraiu a atenção dos 31 participantes do evento, que reúne assessores e procuradores jurídicos dos Creas de todo o país. “Justiça não é ingenuidade, é vivência, é percepção, é reflexão”, ensinou a também professora.

Confira íntegra da palestra

Com as boas-vindas dadas por lideranças do Sistema Confea/Crea, os participantes foram recepcionados por Edson Alves Delgado, eng. eletric. e vice-presidente do Confea, representando Joel Krüger, o presidente; Francisco de Almeida, eng. agr. e coordenador do Colégio de Presidentes de Creas; Igor Tadeu Garcia, procurador chefe do Conselho Federal; Luciano Soares, eng. mec. e conselheiro federal; além de Fernando Nascimento dos Santos, coordenador científico do 4º Enaj.

Enquanto Santos chamou a atenção para a programação, que “pretende ser de partida e compartilhamento e boas práticas”, Soares afirmou que “o evento será de grande valia em função do foco que os órgãos fiscalizadores do governo estão lançando sobre os conselhos de regulamentação e fiscalização profissional”.

Almeida, por sua vez, defendeu a “necessidade de dar uniformidade de procedimentos aos presidentes de Creas, a importância de o encontro de assessores jurídicos ser anual e ter continuidade e da troca de experiências”.  Ele também salientou a “mudança que o presidente Krüger vem buscando no Sistema, incentivando a comunicação com a sociedade e os profissionais”. Por último, segundo também o presidente do Crea-GO, “o advogado é uma das partes principais do Conselho em função da segurança que dá à Administração”.

Igor Garcia disse acreditar que o Enaj “instiga a interpretar o Direito”, defendeu o reconhecimento da advocacia pública e chamou a atenção para “o cuidado de se estabelecer uma métrica entre o conceito e a prática do Sistema”.

Último a dar as boas-vindas, Edson Delgado reforçou a necessidade de “trabalharmos pela unicidade do Sistema”. Para ele, os debates “são enriquecedores”. Ao finalizar a abertura do Enaj, Delgado disse que “o evento permitirá uma visão de abrangência nacional, facilitando o alcance das normas e da fiscalização elaboradas e exercidas pelo Sistema Confea/Crea”.

Harmonia, governança e respeito

Com o tema “Os Conselhos e a advocacia pública: desafios das procuradorias jurídicas do Sistema Confea/Crea”, o Painel 1 trouxe o palestrante Carlos Nestor Lima Passos da Silva Júnior, especializado em direito penal, e advogado lotado no Gabinete do Advogado-Geral da União, da AGU.

Ao falar aos participantes do Enaj, sobre “A Advocacia Pública nos Conselhos Profissionais: como harmonizar a governança das Procuradorias Jurídicas com o exercício da Advocacia Pública”, Carlos Nestor Lima Passos da Silva Júnior, especializado em direito penal, tratou de conhecer os princípios que norteiam o Sistema Confea/Crea e destacar os compromissos constitucionais da entidade. Ele tratou da importância do relacionamento entre advogado e cliente. “É preciso que haja respeito e confiança entre os espaços do advogado e do gestor. Como vamos prestar consultoria sem conhecer aquele destinatário dos nossos trabalhos?".

Veja programação completa

Veja também

 

Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Marck Castro