PIB cresce 4,2% no primeiro semestre

Terça-feira, 31 de agosto de 2004.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o primeiro semestre do ano com crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período de 2003. Foi a maior expansão para um primeiro semestre desde 2000, quando houve aumento de 4,7%. De janeiro a junho de 2004, a agropecuária cresceu 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior; a indústria, 4,7%; e o setor de serviços, 2,8%. Os dados fazem parte da pesquisa Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume, divulgada nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados animaram parlamentares petistas, que acreditam que o número confirma o acerto da política econômica do presidente Lula (Leia mais) .
O bom resultado da agropecuária pode ser explicado pelo desempenho positivo de alguns produtos cujas safras foram relevantes no segundo trimestre, como o café em coco e o arroz em casca - de acordo com a pesquisa de safra agrícola do IBGE para 2004, ambos estão com projeção de crescimento, respectivamente, de 27,2% e de 20,1% no ano.
No setor de serviços, as maiores elevações ficaram por conta do comércio e dos transportes, que subiram, respectivamente, 17,6% e 6,9%. Ainda em serviços, apresentaram crescimento os subsetores instituição financeira (3,6%) e aluguéis (1,3%).
Dentre os quatro subsetores do setor industrial, três apresentaram taxas positivas na comparação semestral de 2004, sendo destaque o de transformação (7,3%). Construção civil e serviços industriais de utilidade pública apresentaram, ambos, crescimento de 2,0%. Já a área extrativa mineral registrou uma variação negativa de 2,9%.
O consumo das famílias também cresceu. O aumento foi de 3,1% em relação ao primeiro semestre de 2003. O consumo do governo também aumentou, em 1,4%.
Exportações
Já no campo do comércio exterior, os setores de exportações de bens e serviços e de importações de bens e serviços tiveram taxas positivas de 17,8% e 13,0%. De acordo com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), o aumento das exportações foi generalizado, com destaque para os bens de capital e os bens de consumo duráveis. Nas importações, as maiores elevações ocorreram em combustíveis e bens intermediários.
A expansão do PIB no segundo trimestre de 2004 foi de 5,7% na comparação com o segundo trimestre de 2003, o melhor resultado desde 1996. Naquele ano, a taxa ficou em 6,3%. Em relação aos três primeiros meses do ano, a variação registrada entre abril e junho foi de 1,5%.
Jornal Eletrônico Linha Aberta