Brasília, 13 de março de 2015
Tais Soares Francisco se identifica com matérias de exatas – física, química, matemática, etc – desde o Ensino Médio, quando frequentou uma escola técnica. Desde essa época, os professores já a incentivavam para que a hoje engenheira química investisse na área tecnológica. “O que me seduziu para a Engenharia foi que eu poderia usar meu conhecimento para construir um produto ou modificar um serviço que melhoraria a vida das pessoas”, explica. Até o fechamento desta edição, Tais era a profissional mulher mais recém-cadastrada no Sistema Confea/Crea, formada em Engenharia Industrial – Química pela Escola de Engenharia de Lorena.
Diferentemente de antigamente, Tais conta que durante todo o seu curso de graduação a proporção entre estudantes do sexo masculino e do sexo feminino era de 50-50%. “No entanto, enquanto eu cursava o Ensino Médio, fiz paralelamente um curso técnico de informática industrial. Nesse curso éramos em 40 alunos, dos quais dez eram mulheres”, conta. Fora o curso técnico, Tais não enfrentou outros momentos de inequidade de gêneros. “Ainda há essa mentalidade de que a engenharia é uma área masculinizada. As pessoas ainda têm essa reação quando eu conto que sou engenheira. Mas não é o que está acontecendo de fato nas universidades, onde tem muita mulher. As meninas que gostarem da área têm de fazer mesmo”, disse.
Tais também não notou discriminação para entrar no mercado de trabalho. “Em vários processos seletivos havia mais homens do que mulheres, mas não notei nenhuma diferença. Teve, sim, momentos em que eu era a única mulher a disputar determinada vaga, mas as empresas deixavam claro que não haveria discriminação”, conta. Tais começará a trabalhar na próxima terça-feira (17) na Embraer, no município paulista de Galvão Peixoto, onde terá a função de engenheira de desenvolvimento de processos, na área de manufatura e linha de produção.
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Beatriz Leal
Equipe de Comunicação do Confea
