CCEEQ discute da transferência de recursos à fiscalização profissional

Brasília, 21 de agosto de 2025.


A Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Química (CCEEQ) realizou sua terceira reunião ordinária, de 18 a 20/8, em Belém (PA). Na ocasião, foram reforçadas a realização de uma reunião virtual e ainda da quarta ordinária, entre 3 a 5 de novembro, em Brasília, além da intenção de promover uma reunião extraordinária durante a 80ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), no período de 6 a 9 de outubro, em Vitória-ES. 
 

Participantes da terceira reunião ordinária da Coordenadoria Nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Química (CCEEQ), em Belém-PA
Participantes da terceira reunião ordinária da Coordenadoria Nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Química (CCEEQ), em Belém-PA

 


Sugestões encaminhadas à Comissão e Educação e Atribuição Profissional (Ceap) e à Comissão de Ética e Exercício Profissional (Ceep) foram relatadas pelo coordenador da CCEEQ, eng. quim. Luiz Eduardo Caron. “Havíamos iniciado um debate sobre o Programa Fortalece (de transferência de recursos). Tínhamos uma diretriz de fazer uma avaliação para somar sugestões sobre a resolução 1.135/2022. Como veio a resolução 1.151/2025, resolvemos apresentar uma análise comparativa, com os prós e contras de cada uma delas. Vamos encaminhar esse trabalho para a Ceap. Fizemos um trabalho em grupo com autonomia com críticas até chegar ao consenso”, diz.

Já a Ceep receberá da coordenadoria nacional de câmaras especializadas de Engenharia Química observações sobre o plano plurianual de atuação da coordenadoria. “Ano a ano, os trabalhos devem ter andamento. No entanto, não há uma memória dos assuntos das coordenadorias. A Ceep nos deu esta abertura, e estamos fazendo um levantamento de todas as propostas, organizando isso para que, nos próximos anos, a CCEEQ tenha uma diretriz para trabalhar, seja coerente e não seja repetitiva, algo que a gente percebe que acontece e muito”.

 

Participação remota do gerente de Relação com o Profissional e Fiscalização, eng. mec. Igor de Mendonça Fernandes
Participação remota do gerente de Relação com o Profissional e Fiscalização, eng. mec. Igor de Mendonça Fernandes (à dir.)


 

Fiscalização, harmonização e Amazônia
Dados da fiscalização de cada estado deveriam, segundo a pauta, ser apresentados.  “Decidimos por convidar o gerente de Relação com o Profissional e Fiscalização, do Confea, eng. mec. Igor de Mendonça Fernandes. para discutimos a fiscalização na nossa profissão com todas as dificuldades e diferenças regionais do país. Temos uma plêiade de ações muito grandes, todas têm abordagens próprias. Em geral, as câmaras de Engenharia Química são câmaras pequenas, e participam de câmaras mistas. Isso dilui qualquer análise estatística que se faça. Procuramos achar um caminho para que possamos ter dados importantes. Foi um debate longo, exaustivo, onde foram apresentadas muitas informações, ficamos muito satisfeitos. O gerente ficou de analisar. Abrimos espaço também para que o Confea conheça as dificuldades que temos e para conhecer as dificuldades que eles têm. Acho que é uma abertura que podemos ter para que possamos trabalhar mais próximo das gerências do Confea, e a coordenadoria aplique o que o Confea deseja para fazer o seu trabalho. Estamos pensando em fazer uma forma em que convidemos gerências do Confea para debater assuntos específicos”.
 

Eng. quim. Rodrigo Moure relatou as atividades da Comissão Temática de Harmonização Interconselhos (CTHI)
Eng. quim. Rodrigo Moure relatou as atividades da Comissão Temática de Harmonização Interconselhos (CTHI)


Com o engenheiro químico Rodrigo Moure integrando como especialista a Comissão Temática de Harmonização Interconselhos (CTHI), foi realizada uma apresentação para a atualização das principais demandas que envolvem a Engenharia Química. “Ficou definido que haverá reuniões periódicas, com o CFQ para apaziguar embates que prejudicam tanto os profissionais como a indústria há 40 anos. Essa disputa cria dificuldades muito grandes. Temos acompanhado de perto a atuação da CTHI, coordenada pelo conselheiro federal Álvaro Bridi. Acho que começamos a construir realmente uma via de atuação bastante promissora”, descreveu Luiz Eduardo Caron.


Outro ponto relevante desta reunião foi a entrega, pela Coordenadora Engenheira Química Rivetla Garcia de Souza Benchimol, do Crea PA, do livro "Amazônia por Amazônida: para além da compreensão cartesiana", de autoria do engenheiro civil José Maria da Costa Mendonça. Na obra, diz o coordenador da CCEEQ, o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) discute assuntos pertinentes ao embate da questão da industrialização e do desenvolvimento progressivo da região amazônica, além do cenário midiático que, segundo a visão dele, visa proteger o povo e o meio ambiente, através de leis e portarias.

 

Engenheiro químico Luiz Carlos Caron conduziu os trabalhos na futura sede da CP-30, no mês de novembro
Engenheiro químico Luiz Eduardo Caron conduziu os trabalhos no município da futura sede da COP-30, no mês de novembro

 

“São compilações minhas que retratam os problemas da Amazônia, como pobreza, miséria e outras questões sociais que existem pela falta de progresso que nossa região ainda vive. Uma realidade que somente nós que habitamos na Amazônia conhecemos e sabemos que esses problemas precisam acabar”, explicou o autor em entrevista ao Diário do Pará, em maio do ano passado.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea