Natal, 29 de outubro de 2007
Fiscais do Crea -RN, Instituto Brasileiro de Arquitetura (IAB-RN), o Corpo de Bombeiros e fiscais da Vigilância Sanitária vistoriaram todo o aeroporto e constataram problemas, principalmente quanto ao acesso dos portadores de necessidades especiais.
Segundo Cleyton Barreto representante do Instituto dos arquitetos, a visita serve como prevenção e não como medida corretiva e um dos pontos que precisa ser observado é o acesso aos deficientes às instalações do aeroporto. "O que percebemos aqui é a ausência de sinalização nos banheiros para o cadeirante. A lixeira sem pedal dificulta para que o deficiente jogue o papel no lixo e também notificamos que não existe piso tátil no aeroporto, não há diferença de textura para o cego "sentir" o local em que está", avalia. Outro problema relatado foi o acesso dos cadeirantes ao pórtico de informações, ao bebedouro e também às lojas.
O superintendente da Infraero em Natal, José Daniel Sobrinho disse que a vistoria serve como suporte para a melhoria do aeroporto e o problema de acesso aos bebedouros para os deficientes é de responsabilidade dos fabricantes, por não existir ainda no Brasil bebedouros para portadores de necessidades especiais.
A vistoria durou quase duas horas e foram analisados todos os locais do aeroporto, desde a infra-estrutura, como as condições físicas dos banheiros, esteiras, balanças, sinalizações, escadas rolantes e todo a estrutura, até as condições da pista de pouso e decolagem dos aviões. Os fiscais do Crea-RN não estavam autorizados a conversar com a imprensa e disseram que em dez dias o relatório será divulgado para a população. Depois do relatório entregue à Infraero, o prazo da correção dos problemas deve acontecer em 60 dias.
O tenente Francisco Silva, responsável pelo Corpo de Bombeiros disse que na parte da fiscalização de prevenção de incêndios tudo está correto. "Como temos 47 homens trabalhando no aeroporto constantemente, todos os extintores de incêndio estão padronizados e a segurança dentro dos conformes. Trabalhamos dia após dia oferecendo segurança não só na área das aeronaves, como em todo o aeroporto", diz.
Edelvino Albuquerque, responsável pela fiscalização da vigilância sanitária, através da ANVISA, confirmou que foram detectadas, junto ao Crea, falhas na sinalização para os portadores de necessidades especiais. "É preciso dar maior atenção aos deficientes físicos", finaliza.
Como não existe atualmente nenhuma obra na pista de pouso e decolagem, os representantes dos órgãos disseram que a pista está dentro dos padrões exigidos. As aeronaves são vistoriadas constantemente pela Agência Nacional de Aviação e por isso não passaram pelas vistorias.
Fonte: Tribuna do Norte (RN)