Começa em Fortaleza seminário sobre exercício profissional no Mercosul

Fortaleza, 04 de agosto de 2005

"Mesa de abertura do evento"
“Dos 2,1 milhões de habitantes do estado do Ceará, 75% estão na capital, Fortaleza. A população urbana cresce cada vez mais e o campo está abandonado pela ausência de políticas que fixem o homem lá”. Essas considerações foram feitas pelo presidente do Crea Ceará, eng. civil Otacílio Borges Filho, na abertura do Seminário “Implementação do Mecanismo para o Exercício Profissional do Temporário do Mercosul”, realizada hoje (04/09), pela manhã, na sede do regional.

Em seu pronunciamento de boas vindas aos participantes do evento e aproveitando o tema do seminário - que trata de condições para estender as possibilidades de exercício profissional -, o presidente do Crea fez questão de externar sua preocupação com o desemprego, que no Ceará atinge de forma mais impiedosa o homem  do campo e faz nascer inúmeras favelas na capital.

O coordenador da Comissão de Assuntos Nacionais (CAN) - órgão interno do Confea responsável pelo Seminário  eng. Francisco Machado destacou que o seminário visa capacitar os especialistas do Confea com relação à mobilidade dos profissionais nos países do Mercosul.

A enga. agrônoma e coordenadora da Comissão de Integração de Agrimensura, Agronomia, Arquitetura, Geologia e Engenharia para o Mercosul (CIAM), Maria Higina, também destacou a importância do seminário para os especialistas, e   chamou atenção para os acordos assinados entre o Brasil e os outros países no que se refere ao exercício profissional. “O Brasil é o grande eldorado para o exercício profissional, principalmente em termos de áreas agricultáveis. Por isso temos que ter muito cuidado com esses acordos”, disse.

O eng. de segurança do trabalho Nelson Burili, representante do Colégio de Entidades Nacionais (CDEN) na mesa de abertura, solicitou dedicação de todos para o andamento dos trabalhos de negociação, reconhecidamente complexos, e agradeceu a presença dos representantes dos Ministérios da Indústria, Comércio e Desenvolvimento (MDIC), de Relações Exteriores (MRE) e da Educação (MEC). “Eles são os negociadores oficiais do Brasil com o Mercosul”, ressaltou.

O presidente do Confea, eng. Wilson Lang, considerou as tratativas no Mercosul lentas e impactadas pelas assimetrias que existem nos demais países. “Desejo que este seminário possa dar mais velocidade, embora ele seja de caráter interno do Brasil e aqui nossa velocidade está boa”, lembrou. Para ele os sinais vitais da economia dos outros países que compõem o Mercosul estão muito devagar numa comparação com países desenvolvidos, o que é  um dos principais emperradores do andamento das negociações.

Lang enfatizou que o Brasil está bem numa comparação com os outros parceiros de Mercado Comum. “O Sistema Confea/Crea, por exemplo, vem dando sucessivas demonstrações de vitalidade”, disse, citando os seguintes projetos em andamento: Sistema Integrado Confea/Crea (SIC), Programa de Educação Continuada, ações de estímulo ao empreendedorismo, projeto de reforma das resoluções que tratam das atribuições profissionais, aprimoramento do Findata  projeto de dados financeiros que permite o aprimoramento do trato com esses recursos -, e o programa de TV Cenário Brasil.

O presidente do Confea aproveitou a oportunidade da abertura do seminário e exibiu para os participantes, o programa de TV Cenários do Brasil Confea/Crea que tratou de acessibilidade. Após a exibição, ele lembrou que o programa volta no dia 04 de setembro, tratando de agronomia pública e será exibido pelo SBT, às 8h15.

Bety Rita Ramos
Da Equipe da ACOM