Confea entrega documento ao Ministro da Educação

Brasília, 10 de agosto de 2005
             

O vice-presidente do Confea, o eng. Florestal, Fernando Antônio Bemerguy, entregou ontem (09/08), ao Ministro de Educação, Fernando Haddad, documento que trata dos principais projetos na área da educação do Confea e de questões de interesse dos profissionais da área tecnológica brasileira, que dependem de encaminhamento do Ministério, como a homologação da carga horária mínima dos cursos presenciais de graduação e das diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo.

O documento foi feito a partir do primeiro encontro entre o presidente do Confea, eng. Wilson Lang e o ministro da educação à época, Tarso Genro, que solicitou ao Conselho uma lista completa de todos os assuntos afetos a seu Ministério de interesse dos profissionais da área tecnológica.

A oportunidade da entrega do documento surgiu com a solenidade de posse do novo reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), eng. agrônomo, Marco Aurélio Leite Nunes. Estavam presentes a solenidade o secretário de educação superior do MEC, Nelson Maculan, reitores e vice-reitores de várias universidades, professores, representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e outras entidades de classe.

Marco Aurélio e o vice-reitor Sueo Numazawa, foram os mais votados entre professores, alunos e funcionários da universidade. Foram eleitos para um mandato de quatro anos com 802 do total de 1.336 votos.

Segundo o reitor empossado, um dos principais objetivos da sua gestão é criar um plano de interiorização da universidade que já tem campos em Santarém, Parauapeba e Capitão Poço, todos municípios do Estado do Pará.  O reitor pretende trabalhar também no redirecionamento do currículo voltado para a realidade da região. Para ele, só com muita dedicação e o apoio da sociedade conseguirá enfrentar as dificuldades. “Acredito que o homem tem que encarar os desafios perseguindo seus ideais”, disse o reitor.

 “Dentro dessa nova idéia do governo federal da interiorização da universidade, nós gostaríamos de fazer um apelo ao Ministério da Educação que nos dê apoio irrestrito para que possamos trabalhar dentro da Amazônia, formar os nossos próprios recursos humanos e, com isso, inserir aquela população mais carente na sociedade como um todo”, disse o reitor em seu pronunciamento de posse.

 O ministro Fernando Haddad parabenizou o novo reitor e falou sobre o processo de interiorização da educação superior. Haddad frisou que o processo - retomado neste governo - geralmente é feito de forma ordenada e responsável, o que induz o país a um desenvolvimento que combate às desigualdades regionais.

“No caso de uma instituição como a Ufra, o nosso entusiasmo é grande. O necessário processo de interiorização da educação superior produz instituições de grande valia para o desenvolvimento econômico das regiões, leva um conhecimento científico para o interior do país, forma quadros em todos os níveis para promoção da cidadania, do crescimento econômico, da inclusão social”, disse Haddad.

História - A Ufra tem mais de meio século de história. Ela nasceu com o nome de Escola de Agronomia da Amazônia, no início da década de 1950. Em 1972, passou a se chamar Faculdade de Ciências Agrárias da Amazônia, e, em 2002, foi transformada em Universidade Federal Rural da Amazônia, com sede em Belém do Pará.

 A instituição tem cerca de dois mil alunos distribuídos nos cinco cursos que promove - agronomia, engenharia florestal, medicina veterinária, zootecnia e engenharia de pesca. Dentro da pós-graduação, a Ufra oferece cursos de mestrado em agronomia, com duas áreas de concentração, solos e biologia vegetal. Na área de engenharia florestal, o mestrado oferecido é o de manejo florestal, e o curso de doutorado é o de agro-sistemas.

Isabel Meneghetti
Da equipe da ACOM