Confea participa da live sobre a implantação das novas DCNs de Engenharia

Brasília, 18 de setembro de 2020.

Organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e transmitida ao vivo pelo Youtube na manhã da 6ª feira, 18/09, a live do 1º Encontro - de um ciclo de cinco debates on line - sobre a implementação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais de Engenharia (DCNs), atraiu a atenção de cerca de 250 pessoas.

Durante a abertura, ao lado de representantes da CNI, Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), Conselho Nacional de Educação (CNE), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade de São Paulo (USP), Instituto Insper, e Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer),o eng. civil Osmar Barros Junior, no exercício do cargo de presidente do Confea, afirmou que as novas DCNs “mudam conceitos e paradigmas ao valorizar as competências e habilidades dos alunos no processo de sua formação profissional” .

Para Osmar, “as novas DCNs propiciam maior liberdade na elaboração do Projeto Pedagógico e vai se refletir na mudança radical de conceitos e alterações dos normativos que regem o exercício profissional”. Ele disse  que "é fundamental modernizar a forma como concedemos as atribuições profissionais” .

Além de adaptar normativos, Osmar lembrou que os trabalhos de certificação e acreditação de cursos também devem ter alterações e defendeu maior interlocução e interação  com as IES.


Apoio coletivo
Em vigor desde abril de 2019, as novas DCNs https://abmes.org.br/arquivos/legislacoes/Resolucao-CNE-CES-002-2019-04…, foram saudadas como o caminho para a modernização do ensino da engenharia, área que exige cada vez mais uma formação profissional multidisciplinar.

Para Maurílio Albanese Novaes Jr., gerente de Desenvolvimento Tecnológico da Embraer, “as novas diretrizes são positivas para o Brasil” e são “itens de politicas nacionais e institucionais com apoio coletivo de discentes,  docentes e autoridades”. 

Ele agradeceu a participação do Confea e da Abenge “na inovação e transformação no processo produtivo na indústria brasileira por meio de recursos humanos e afirmou que “nesse processo, a articulação é contínua” .

Para Liedi Légi Bariani Bernucci, diretora da Escola Politécnica da USP,  “as novas DCNs se aderem a um trabalho que já vem sendo realizado há alguns anos”.  

Em sua manifestação, disse que a “Engenharia é fundamental para o Brasil alcançar até 2030 os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela ONU”.  

Luiz Carlos Pinto Silva Filho, diretor UFRGS, disse que “o ensino da engenharia deve gerar impacto na sociedade”. 

Desafio e inovações
Em sua participação, Irineu Gianesi, diretor de Novos Projetos Acadêmicos do Insper, disse que o instituto “já vem desenvolvendo um programa pedagógico com um desenho de currículo para desenvolver competências” . 

Falando pela CNI e intermediando a live, Gianna Sagazio, defendeu a união de “escolas e empresas na definição de competências e currículos para melhorar recursos humanos e aumentar potencial das empresas”.

Ao reconhecer que  “esse é grande desafio do país”, ela destacou  o esforço de academia e empresas para elevar a qualidade dos cursos e reduzir evasão de alunos: "é preciso articulação e convergência para avançarmos e modernizar o país, fortalecendo o sistema de inovação”.

Vanderli Fava, da Abenge,  disse esperar que com as novas DCNs “os cursos de engenharia se transformem uma vez que as diretrizes trazem inovações que podem nos levar a um novo patamar ao formar por competências, o que muda os projetos pedagógicos”.

Ao defenderem a formação multidisciplinar, os participantes do 1º encontro do ciclo de debates promovido pela CNI defenderam a inclusão de estudos sobre a viabilidade técnica, mercadológica e financeira dos projetos. Eles ainda destacaram a aprendizagem centrada na necessidade do usuário e do mercado. 


Antonio Seabra, professor da Escola Politécnica da USP, disse que as novas DCNs apresentam “mudança significativa” . Seabra disse que “é necessário preparar o aluno para enfrentar situações novas com criatividade e ter capacidade de liderar e de gerar conhecimento metodológico e tecnológico”. 

No encerramento da live, Osmar Barros Júnior citou algumas providências que, segundo ele, têm que ser tomadas junto aos poderes Executivo e Legislativo. Entre elas, o Acordo de Cooperação técnica (ACT) que está sendo assinado com o Ministério da Educação (MEC) para que o  Sistema Confea/Crea participe de ações de monitoramento dos cursos de engenharia, e o trabalho junto ao Congresso para alterar a lei 5.194/66 – que rege as atividades do Sistema – visando regular a acreditação de cursos e a certificação profissional. 

Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea