Confea sedia encontro de engenheiros e arquitetos do BB

Brasília, 20 de março e 2006

Dentro do objetivo de buscar maior aproximação com todas as entidades de profissionais da área tecnológica, o Confea está sediando hoje e amanhã o I Encontro Nacional dos Representantes Regionais da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Banco do Brasil. Ao todo, o Banco possui 402 profissionais, dos quais 260 já estão associados à entidade.

O objetivo do encontro, além da maior aproximação do Conselho Federal e de dar posse oficial aos representantes estaduais, é a elaboração do planejamento estratégico da AEABB, que já teve muitos altos e baixos, já foi “criada e recriada em momentos de crises”, como disse a presidente, engª Heloisa Leitão, mas que desde 2004 busca se consolidar e hoje seus sócios acreditam ser isso mais possível com o apoio do Confea.

A abertura do encontro foi feita pelo 1º vice-presidente do Confea, eng. Paulo Bubach, que pediu desculpas pela ausência do presidente, eng. Marcos Túlio de Melo. Naquele momento ele estava se deslocando para Brasília e mais tarde estaria participando do evento. Paulo destacou que além das questões de rotina, o presidente do Confea tem trabalhado duas questões de extrema importância e onde se inserem os profissionais ligados a AEABB: o projeto de desenvolvimento nacional para o país e o pacto profissional.

“O projeto precisa contar com o envolvimento do maior número possível de profissionais e os engenheiros e arquitetos do BB trabalham com questões ligadas diretamente ao crescimento do país. O pacto profissional é o melhor entendimento entre as várias categorias profissionais que compõem o Sistema profissional”, explicou Bubach.

O gerente executivo de engenharia do Banco do Brasil, Pedro Vieira, ressaltou que entende o encontro como uma porta de entrada para a engenharia pública. Ele elogiou o poder de articulação do presidente Marcos Túlio e disse: “espero que essa liderança consiga sustentação para que a engenharia tenha maior influência nas decisões de âmbito federal”.

Vieira disse que mais que projeto, deve haver uma proposta do Sistema Confea/Crea para o desenvolvimento nacional a médio e longo prazo. Ele colocou a área de engenharia do Banco à disposição da construção deste plano nacional, e lembrou que o BB é referência nas áreas de avaliação, reforma de redes e, principalmente, financeira.

A presidente da Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa Econômica Federal (ANEAC), Eleonora Mascia, fez um resgate da história da associação, que está sendo a principal inspiradora da AEABB. Lembrou que a Associação foi criada em 2002, ano em que todos se sentiam com espírito de renovação devido ao novo governo, quando se pensava uma nova CEF e uma nova engenharia. “O atual chefe de gabinete do Confea, eng. Luiz Zigmantas, liderou todo este processo”, informou.

Para Mascia o grande ganho com a criação da Associação foi o crescimento da auto-estima dos profissionais. “Começaram a se dar conta que éramos poucos, mas muito fortes, formadores de opinião e que atuamos em áreas estratégicas de desenvolvimento”, disse.

Participação - Luis Zigmantas ressaltou a necessidade do engenheiro participar do debate nacional. “Temos que manter a imparcialidade dos trabalhos técnicos, mas não podemos nos omitir das discussões das grandes questões nacionais”. Para ele os engenheiros do serviço público são importantes na defesa dos interesses públicos e têm que ter muito mais espaço de ação”.

Heloisa Leitão, presidente da AIABB, endossou as palavras de Zigmantas, e enfatizou que além da defesa do associado, a entidade tem que contribuir para a criação de uma consciência ética e para o plano nacional de desenvolvimento buscado pelo Confea. “Temos que nos unir às nossas co-irmãs e ocupar espaços políticos”, defendeu.

Na mesma linha, o vice-presidente da Associação, Fernando Branquinho, lembrou que toda luta começa a partir das pequenas coisas. “Quando o grupo só pensa nos interesses do próprio grupo é corporativista. Mas quando ultrapassa isso, e se preocupa, por exemplo, com a elaboração de um projeto nacional, aí faz política”, disse.

Branquinho destacou que o presidente do Confea demonstra vontade de que a engenharia seja uma coisa mais viva e que acredita na união das entidades de classe com o Conselho para que isso aconteça. “Temos 70 anos de Confea e 70 anos de engenharia no Banco do Brasil e isso não pode se perder”, disse.

Fizeram parte da mesa de abertura do evento também Janice Ariane Heineck, diretora de comunicação da AEABB, e Alter Miranda Silva, representante dos agrônomos do BB, que fez um relato sobre a organização destes profissionais e o interesse deles em integrar a associação.

Bety Rita Ramos
Da equipe da ACOM