Novo reitor da UFMG é empossado em Brasília

Brasília (DF), 20 de março de 2006

Em cerimônia acontecida na manhã desta segunda-feira, 20, em Brasília, o professor Ronaldo Tadêu Pena tomou posse como reitor da UFMG, para cumprir o mandato durante o quadriênio 2006/ 2010. A cerimônia aconteceu no gabinete do ministro da Educação, Fernando Haddad, que depois da leitura do termo de posse assinou o documento junto com o novo reitor.

Acompanharam o reitor Tadêu Pena na cerimônia de posse membros de sua equipe e a reitora Ana Lúcia Gazzola, que lhe transmitirá o cargo em solenidade programada para amanhã, às 18h, no auditório da Reitoria, campus Pampulha, quando também será empossada a vice-reitora Heloísa Maria Murgel Starling. Esteve presente também o secretário de Educação Superior do MEC, Nélson Maculan Filho.

Ao entregar ao ministro um relatório de sua gestão, Ana Lúcia lembrou o compromisso da UFMG com a universidade pública gratuita e de qualidade e destacou a melhoria das relações entre o MEC e as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) ao longo dos últimos três anos, traduzida no reconhecimento pelo governo do valor estratégico das universidades públicas para o país.

Desafios
Em sua fala, o novo reitor Ronaldo Pena referiu-se aos quatro grandes desafios que hoje têm de ser enfrentados pela universidade pública brasileira. O primeiro deles é o do crescimento, que deve ser implementado com urgência, pois as estatísticas mostram que menos de 30% dos estudantes de curso superior estão matriculados no sistema federal de ensino superior, ou seja, nas universidades públicas.

O segundo compromisso, o da diversificação, requer uma grande capacidade de inovação das Ifes, no sentido de formar equipes multidisciplinares tanto na área do ensino como no da pesquisa, entre outras iniciativas. Ronaldo Pena mencionou também o desafio da qualidade, já que a universidade pública é detentora dos mais altos índices de excelência no ensino superior brasileiro, condição que deve ser mantida a todo custo.

Finalmente, Pena referiu-se ao desafio da inclusão que se inscreve no projeto de resgate da dívida que o país tem com as maiorias socialmente excluídas. Nesse sentido, mencionou a decisão do Conselho Universitário da UFMG que definiu como prioridade para esse objetivo a expansão dos cursos noturnos, capazes de absorver sem perda de qualidade maior número de estudantes-tabalhadores, vindos das escolas públicas, categoria na qual se encontram incluídas as minorias étnicas.

Ele informou que na UFMG cerca de 40% dos alunos já são provenientes da escola pública, mas esse percentual ainda não inclui os cursos de maior prestígio social (em entrevista a Rádio UFMG Educativa, o reitor detalhou algumas de suas prioridades).

Agenda da educação
O ministro Fernando Haddad, retomando a fala da reitora Ana Lúcia Gazzola, reafirmou o compromisso do governo de estreitar ainda mais as boas relações que através do Ministério da Educação vem mantendo com as Ifes. Ele lembrou ainda que o MEC tem se empenhado em alertar o país para a importância da agenda da educação em todos os seus níveis, e não apenas no nível superior.

Ele destacou o desempenho da UFMG como uma das universidades que têm contribuído decisivamente para cumprimento das metas da educação superior no país e assinalou que os quatro desafios mencionados pelo reitor Ronaldo Pena constituem eixos de uma política que está sendo levada à prática pelo MEC e sua atuação cotidiana. (Com Assessoria de Comunicação do MEC)