Aracaju, 10 de agosto de 2020.
A partir de agora os engenheiros agrônomos e florestais, responsáveis pela prescrição e orientação técnica de uso de agrotóxicos passam a contar com uma nova ferramenta: o Sistema Digital de Receituário Agronômico. A plataforma que já está disponível no ambiente profissional (https://servicos-crea-se.sitac.com.br/ ) substitui os procedimentos atuais por um sistema integrado com mais funcionalidades e informações consideradas essenciais para o controle do comércio e aplicação do produto, ampliando a fiscalização e a segurança da sociedade, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável da agropecuária sergipana.
Saiba como usar o novo recurso da plataforma
Sistema Digital de Receituário Agronômico. Confira!
De acordo com o gerente de Tecnologia de Informação do Crea-SE, Karlos Edwardo Xavier Góis, todos os dados registrados no Sistema são cruzados com informações de vários órgãos de fiscalização, a exemplo da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que desenvolveu um sistema que faz a integração dos dados do receituário com dados fiscais, informações de descarte e outros.
A assessora técnica do Crea-SE, engenheira agrônoma Paula Braz, explica que o Sistema possui em seu banco de dados 120 produtos (agrotóxicos) cadastrados. “Para cada tipo de cultura diagnosticada, o Sistema automaticamente disponibilizará o produto adequado e o quantitativo indicado na bula”, afirma ela. Conforme prevê a legislação dos agrotóxicos, os dados disponibilizados no Sistema também vão mostrar o tipo de produto usado, a quantidade comercializada, identificar a propriedade rural que adquiriu o agrotóxico e a dosagem prescrita pelo profissional.
De acordo com o presidente do Crea-SE, engenheiro agrônomo Arício Resende Silva, o novo Sistema traz uma metodologia prática e dinâmica que facilita a prescrição da receita agronômica por parte dos profissionais da engenharia agronômica e florestal e amplia a fiscalização para segurança da sociedade, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável da agropecuária sergipana. Ele também ressalta a importância do profissional neste processo. “O papel do profissional não se limita a indicar o agrotóxico correto para o problema que se lhe apresenta. A prescrição da receita agronômica representa uma autorização para o agricultor – um leigo – aplicar um agrotóxico, produto potencialmente perigoso à saúde humana e ao ambiente. É fundamental que o profissional leve em consideração todos os fatores que estão envolvidos na prescrição e uso dos agrotóxicos”, alerta Arício Resende.
Anotação de Responsabilidade Técnica
Para que seja possível a emissão de uma receita agronômica é necessária a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Cada ART corresponde a 50 receitas. Conforme dados do Crea-SE, no ano de 2019 foram registradas 520 ARTs, o que representa 26 mil receitas agronômicas emitidas. Já no primeiro semestre deste ano foram registradas 325 ARTs, o que corresponde a 16.250 receitas.
Assessoria de Comunicação do Crea-SE