Edmilson Fonseca

Perfil

Casado por 44 anos com a pedagoga Maria das Graças Montenegro Fonseca, Edmilson Fonseca teve três filhos, formados em Direito (Ana Clara), Medicina (Cristiano) e Administração de Empresas (Edmilson).


“Ele sempre gostou da engenharia sanitária e ambiental, saúde pública, atuando em congressos, seminários e na gestão. No projeto Chagas da Fundação Nacional de Saúde (antiga Fundação de Serviços de Saúde Pública), queria tirar o pessoal da casa de taipa e alvenaria”, conta sua viúva.

Preocupado com as pessoas e com o meio ambiente, Edmilson foi convidado a fazer o Plano Diretor de João Pessoa com outros engenheiros. “Ele se encantou e ficou nessa área até falecer, fazendo o que gostava”.

Dona Gracinha, como gosta de ser chamada, lembra das viagens para elaborar sistemas de abastecimento de água em Santa Catarina e estudar na Alemanha, por exemplo. “Ele estava sempre estudando, até alemão. Padre Virgílio, da nossa paróquia, dizia que Edmilson sabia tudo o que ele lhe perguntava”.

No trato pessoal, “era inteligente, brincalhão, fazia muitas amizades. Tanto que muitas pessoas foram ao velório. Plantou o bem em todas as repartições onde passou. Esse era o temperamento dele”.

Amizades como a compartilhada por décadas com o engenheiro civil Ronaldo Gadelha, sócio e colega na sexta turma da Escola de Engenharia da Paraíba.

“Estávamos organizando os 50 anos de turma e íamos viajar ao interior, como fizemos em 2003, no Plano de Gerenciamento em Resíduos Sólidos de cinco municípios de Tocantins”, diz, lembrando seu “despojamento” e sua “abnegação”.

“Quando solteiro, o Muriçoca ou Mu, como a gente o chamava, dava aulas para se manter. Vinha de família grande do Vale do Piancó. Era farrista, gostava de cantoria de viola e tinha uma atuação política forte”.

Baluarte pela transposição do São Francisco, debatia o tema com firmeza e referencial técnico. “Mas era uma pessoa humilde demais. Ele nunca perdeu o ânimo e cativava sempre, acho que foi um homem feliz. Mais justa, essa homenagem não podia ser”, considera Gadelha.

 

Trajetória Profissional

Na Fundação de Serviços de Saúde Pública-FSESP/MS, engenheiro chefe da sessão de operações da Diretoria Regional de Engenharia Sanitária do Sul (1972); Diretor do Serviço de Engenharia da Diretoria Regional da Paraíba (1973-1976); Coordenador do Programa Especial de Controle da Esquistossomose, em João Pessoa (1976-1984); Diretor do Setor de Engenharia da Diretoria Regional da Paraíba (1976-1986); Diretor Regional Substituto da Diretoria Regional da Paraíba (1977-1980); Coordenador do projeto de Melhoria da Habilitação Rural para Controle de Doenças de Chagas, João Pessoa (1980-1986); Diretor-Geral dos Serviços Autônomos Municipais de Água e Esgoto das cidades de Blumenau, Rio do Sul, Brusque, Pomerode e Gaspar (1970-1971); Fez diversos cursos de aperfeiçoamento (1974-1994); Na Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Abes (1993-1994), Conselheiro (1987-1988); Tesoureiro Adjunto (1990-1992); Presidente da Seção Paraíba (1993-1995); Vice-Presidente Nacional (1998-2000); Diretor Regional do Nordeste (2000-2002); Membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama (1987-1989); Diretor Superintendente da Superintendência de Administração do Meio Ambiente – Sudema (1987-1989); Coordenador do Projeto Nordeste da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba (1995); Secretário Adjunto da Saúde do Estado da Paraíba (1995-1997); Secretário Chefe de Gabinete do Vice-Governador do Estado da Paraíba (1999-2002); Lançou o livro “Iniciação ao Estudo dos Resíduos Sólidos e da Limpeza Urbana” (1999); Sócio e consultor técnico da Ambiental Consultores Associados (2001 até o falecimento); Desenvolveu Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos para cidades de Tocantins (2002-2003); Engenheiro credenciado junto à Gerência de Desenvolvimento Urbano e Rural - Caixa/Gidur  (2007); Engenheiro Consultor da Coordenadoria de Destino Final de Resíduos Sólidos da Empresa de Limpeza Urbana de João Pessoa - Emlurb (2007 ao falecimento).