Brasília, 22 de outubro de 2012
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Reunidos no plenário do Confea, em Brasília, os comitês do Colégio de Entidades Nacionais (Cden) discutiram aspectos fundamentais da Lei 5.194, antecipando a pauta da participação do Cden na Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, cujo tema deste ano é “O Aperfeiçoamento do Sistema Confea/Crea e Mútua – os profissionais como agentes de transformação na sociedade”. A Soea acontece entre 19 e 23 de novembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, também em Brasília. A reabertura das atividades, iniciadas na manhã desta segunda-feira (22/10), contou com um depoimento do presidente do Confea, eng. civil José Tadeu, sobre a importância desta discussão.
Criado com a preocupação de contribuir para o aperfeiçoamento permanente da legislação profissional e ainda para discutir temas como o salário mínimo profissional, as atribuições profissionais e assuntos afins, o Comitê de Legislação Profissional, coordenado pelo Vice-presidente de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape), Radegaz Nasser Junior, contou ainda com a Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança (Sobes), Federação das Associações dos Engenheiros de Minas do Brasil (Faemi), Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (Sbef) e Sociedade Brasileira de Meteorologia (Sbmet).
Complementaram a rodada de discussões, os comitês de Organização e Comunicação: Associação Brasileira de Química (Abeq), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Federação Nacional de Técnicos Industriais (Fentec) e Associação Brasileira de Ensino Técnico industrial (Abeti); Comitê de Educação e Ética: Associação Brasileira de Engenheiros Agrícolas (Abeag), Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae), Associação Brasileira de Ensino de Engenharia (Abenge) e Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (Fisenge). Outro grupo, o do Comitê de Desenvolvimento Nacional, discutiu ainda o marco regulatório e sustentabilidade no Sistema - Federação Nacional de Engenheiros (FNE), Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (Anest), Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (Abee), Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (Abeas) e Associação Brasileira de Engenheiros de Alimentos (Abea).
“Mas a ideia é que todos os comitês discutissem toda a legislação, toda a Lei 5.194, artigo por artigo, para que haja o contraponto de ideias, e não fique restrito ao que já é discutido normalmente pelos comitês. Amanhã eles vão fazer a exposição do que foi debatido”, comenta o coordenador do Cden, tec. ind. e eng. eletric. e de seg. trab. Ricardo Nascimento. Ele acrescenta que, se cada grupo específico não tiver autonomia da sua entidade para deliberar sobre determinado ponto, este vai ser levado ao plenário do Cden, “que, se não tiver condições e acúmulo de informações das bases, terá que levar o debate para as respectivas categorias profissionais”.
Lei 5.194: da origem aos novos rumos
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Segundo o presidente do Confea, a preocupação com a questão financeira do Sistema é permanente, posicionamento que vai de encontro a recentes medidas governamentais. “Esse é o quadro. No Brasil, há menos de 10 por cento dos profissionais trabalhando na área estatal. Porque no Brasil existe o conceito de nomear pelo critério político, não pelo técnico. Prefeituras não pagam nosso salário mínimo profissional, tem colega nosso que ganha R$ 800. Estamos brigando para cumprir um salário mínimo que é muito pequeno. Para planejar investimentos para o país, para planejar e executar os projetos de políticas públicas, precisa-se da engenharia. Acontece que o país privatiza tudo, as ferrovias, a Infraero, os portos. Aí, cai no mercado, faz-se licitação por critério de pregão eletrônico. Ou seja, pregão eletrônico para conhecimento, para engenharia. A estabilidade econômica é inquestionável, mas nesta linha, o país vai desabar porque nossos concorrentes estão no sentido inverso, investindo mais nos engenheiros, nos profissionais da área tecnológica. Vocês querem aqui a valorização profissional, este é o nosso objetivo permanente. Querendo preservar o que a lei oferece às entidades, temos três suportes: ética, aprimoramento e a fiscalização, que faz com que o exercício profissional não seja feito por quem não está habilitado. Esses pontos vão ser discutidos pelos conselheiros, principalmente representantes de Creas. Neste quadro, vamos iniciar este estudo na Semana Oficial da Engenharia, e terminar em Gramado, no CNP e na 70ª Soea”, conclamou.
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Radegaz Nasser Junior - Vice-presidente de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape)
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Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
