Renovação marca nova coordenação da Geologia e Minas


O geólogo Caiubi Emanuel Souza Kuhn foi eleito para ser o coordenador das Câmaras Especializadas de Geologia e Minas (CCEGM)do Sistema Confea/Crea.  Há 10 anos, Caiubi começou a participar das atividades do sistema profissional ainda no programa Crea-Jr, e chegou a coordenar o Crea-Jr Mato Grosso por dois mandatos. Após se formar, foi eleito conselheiro em 2017 e reeleito para o mandato de 2020-2022.  Com apenas 29 anos, além de professor da Faculdade de Engenharia, do Campus de Várzea Grande, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), atualmente é diretor Financeiro da Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo) e membro da Comissão Geoparques da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG).

Coordenador adjunto da CCEGM, eng. de minas Alexandre Baltar, e o coordenador nacional, geól. Caiubi Emanuel Souza Kuhn


Confira a entrevista do coordenador Caiubi Kuhn, que juntamente com o coordenador-adjunto, eng. de minas Alexandre Baltar, representa uma nova geração dentro do Sistema Confea/Crea.

Confea – Dos assuntos tratados no 9º Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea e Mútua, quais são predominantes no plano de trabalho da coordenadoria?

Vamos atender as demandas encaminhada pela Comissão de Ética e Exercício Profissional (Ceep) que nos solicitou desenvolver uma análise em relação ao panorama da educação a distância (EaD), também sobre a implementação das novas diretrizes curriculares nos cursos ligados à coordenadoria, assim como, analisar os casos de possíveis desvios de conduta. Além disso, incluímos no nosso planejamento discutir sobre eventuais adaptações na Tabela de Ordem e Serviços (TOS), que são necessárias para garantir uma boa aplicabilidade na área de geologia e engenharia de minas. Outro tema relevante que iremos abordar, é sobre os procedimentos a serem adotados para aplicar a Resolução nº 1121/2019, que trata do registro de pessoas jurídicas nos Creas. Também pretendemos ao longo das reuniões realizar um diálogo com ministérios como o da Defesa; de Minas e Energia; de Desenvolvimento Regional; de Meio Ambiente; e fortalecer nossa atuação no Congresso Nacional por meio do acompanhamento de temas relacionados à geologia, mineração, petróleo, defesa civil, políticas de recursos hídricos, entre outros.
 
Confea – As profissões da área tecnológica são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano. Nesse sentido, quais grandes temas nacionais estarão na agenda prioritária da coordenadoria em 2020?

Tudo que usamos evolve algo que vem do setor mineral, boa parte da água utilizada nas cidades brasileiras vem dos aquíferos, o computador é feito com dezenas de minerais, os carros, as casas, ou seja, a geologia e a mineração estão em tudo na nossa vida. Além disso, é através das rochas que podemos saber a história do nosso planeta e isso nos ajuda a tomar decisões conscientes pensando em um futuro sustentável. Contudo, devido aos acontecimentos dos últimos anos, vem crescendo uma resistência em especial ao setor mineral. Um dos desafios nosso é acompanhar e participar dos debates que estão em andamento, explicando que para existir a sociedade tecnológica é preciso ter mineração. E para ter uma mineração segura, precisamos de profissionais com formação adequada. Também precisamos de uma política nacional que fomente a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico na área de mineração, que ajudem a maximizar o aproveitamento dos recursos minerais e que reduza os riscos ambientais. A CCEGM vem se empenhando em contribuir para isso, por meio de proposituras de ações entre o Confea e os órgãos governamentais. Neste ano,  fortaleceremos ainda mais essas ações, além de buscar aprimorar os mecanismos internos de normatização e fiscalização do exercício profissional.
 
 

Coordenador da CCEGM, geól. Caiubi Emanuel Souza Kuhn

Confea – Qual abordagem a coordenadoria dará às ações de fiscalização das atividades profissionais?

No ano passado a coordenadoria estabeleceu alguns itens prioritários como metas de fiscalização para o ano de 2020. Nós vamos acompanhar o andamento destes indicadores e ,com isso, poderemos comparar os resultados de todos os estados do Brasil. Uma forma interessante para se avançar na fiscalização, é por meio da realização de auditorias em itens específicos da modalidade, seguindo os moldes que órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU), utilizam para análise de processos. Ademais, iremos discutir outros pontos de pauta relacionados a procedimentos de fiscalização, para que seja efetivada a aplicação das resoluções do Sistema Confea/Crea.
 
Confea – No final de sua gestão à frente da coordenadoria, quais entregas espera fazer?

Meu principal objetivo é contribuir para o aprimoramento dos normativos e também fazer uma atuação efetiva, por meio de diálogo com o Congresso Nacional e com os ministérios. O desenvolvimento de parcerias e a construção de mecanismos de gestão baseados na colaboração com certeza é uma ferramenta poderosa para aprimorar a fiscalização do exercício profissional e das atividades ligadas à coordenadoria, e também para garantir mais espaço para os profissionais da modalidade de geologia e engenharia de minas. Pois acredito que normativos eficientes e uma fiscalização efetiva também ajudam na geração de emprego e fomenta um desenvolvimento sustentável. É preciso ressaltar que uma das nossas funções é a defesa da sociedade, desta forma, temos que acompanhar de perto tudo que é debatido em relação à nossa área. Os setores mineral e de petróleo e gás possuem uma importância muito grande para o país, somos responsáveis por uma boa parcela do Produto Interno Bruto (PIB), mas podemos avançar ainda mais se houver uma política nacional de desenvolvimento adequada. Precisamos contribuir para a construção e consolidação destas políticas setoriais. Quero que esse ano a coordenadoria fique marcada pela nossa proatividade e empenho relacionado aos itens citados.
Para saber mais sobre o trabalho da Coordenadoria clique aqui.
 

 

Fernanda Pimentel
Equipe de Comunicação do Confea