Augusto Fleury Veloso da Silveira

Engenheiro Eletricista e Físico pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em 1977; Mestre em Física pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em 2002; Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em 2008; Pós-Doutor em Engenharia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em 2009

Nascimento: Goiânia (GO), 30 de agosto de 1953 
Falecimento: Goiânia (GO), 02 de janeiro de 2018
Indicação: Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (Abee) – Seção Goiás e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO)

“Um homem gentil e culto, entusiasta da educação, desde a formação do aluno à criação de universidades.” Assim, sua esposa Giovana Carla Elias Fleury sintetiza as características mais marcantes do engenheiro eletricista Augusto Fleury Veloso da Silveira.

Foram quatro décadas dedicadas à engenharia, seja na construção de barragens, usinas hidrelétricas, termelétrica, passando pela gestão de órgãos, como a Eletronorte, e repassando seu conhecimento profissional aos diversos alunos. Além de ser autor de diversas publicações, que fortaleceram a atuação na engenharia nacional e internacional.

O encantamento do Professor Fleury em ser um multiplicador do ensino da engenharia ia desde a orientação junto aos alunos, sempre com dedicação máxima, até se tornar fundador e primeiro diretor do Departamento de Engenharia da Universidade Católica em Goiás, em 1978. Essa experiência o subsidiou para batalhar pelo processo de reconhecimento do Curso de Engenharia Civil da Universidade Católica de Goiás. Também foi coautor da proposta de criação da Universidade Estadual de Goiás. Dessa forma, além de compartilhar seu vasto conhecimento com os discentes, Augusto ainda foi imprescindível para que a engenharia tivesse seu lugar nas mais importantes universidades de Goiás. Como reconhecimento foi professor homenageado e paraninfo de dezenas de turmas concluintes dos cursos de engenharia elétrica, civil e agrícola.

Vale lembrar que, além de engenheiro eletricista, Augusto também era físico. Contudo, era no lecionar que ele se realizava. Ao recordar os quase 20 anos de convivência, a esposa Giovana Fleury ressalta o orgulho que Augusto tinha em ser professor. Embora tenha sido gestor e vice-reitor, Fleury sempre destacou que a sua maior habilidade era ensinar.  “Ele era mais que um professor, era um mestre, um conselheiro, tanto que muitos dos alunos se tornaram grandes amigos e até se espelharam nele para seguir a carreira acadêmica na área da engenharia. Eu me incluo entre esses discípulos que têm nele o grande exemplo de como lecionar com amor, como se preocupar com o próximo. Augusto sabia nome e sobrenome de alunos dele do início de carreira”, confidenciou Giovana, que é engenheira civil e professora universitária. Ela ainda compartilha que seu último pedido foi atendido: em sua lápide está grifado “Professor Augusto Fleury”.

Após a descoberta da doença, Augusto teve mais um ano e meio de vida. Pai de cinco filhos, ele se preocupou em deixar memórias afetivas, principalmente para a filha caçula, Vitória, então com quatro anos.  Por meio de registros fotográficos, que revelam como ele enxergava o mundo, pela convivência amorosa, diversos momentos foram eternizados para se tornarem doces lembranças. 


Assim, esse patrono da engenharia eternizou sua contribuição para a profissão. Dessa forma, o Sistema Confea/Crea, por meio das Honrarias do Mérito, documenta e oficializa o reconhecimento do “professor Augusto Fleury Veloso da Silveira” para o engrandecimento da Engenharia no país. 

Trajetória profissional

Professor na Escola de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1977); Presidente da Comissão de Reitoria para a implantação do Departamento de Engenharia da Universidade Católica de Goiás (1978); Membro e Presidente da Comissão de Orçamento e Contas do Conselho Universitário da Universidade Católica de Goiás; Membro do Conselho de Ensino e Pesquisa da Universidade Católica de Goiás; Membro e Presidente da Câmara de Legislação e Normas do Conselho de Ensino e Pesquisa da Universidade Católica de Goiás; Coordenador do Curso de Engenharia Elétrica da Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Vice-Reitor para assuntos administrativos da Universidade Católica de Goiás (1980-1985); Secretário-Geral da Fundação Universidade Estadual de Goiás;  Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Educação de Goiás; Membro Titular da Câmara de Educação Superior do Conselho Estadual de Educação de Goiás;  Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Estadual de Goiás; Professor Pioneiro (primeira turma) do Curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Goiás; Professor do Curso de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Goiás;   Pós-Doutor na Universidade Estadual de Goiás; Engenheiro Consultor Sênior da Engevix S.A.; Superintendente de Administração e Finanças da Sociedade Goiana de Cultura; Palestrante em temáticas específicas na Câmara Federal;  Vários trabalhos pré-operacionais e operacionais relativos a Usinas Hidrelétricas, Termelétrica e Sistemas de Transmissão. Na Eletronorte S.A., atuou como: Assistente da Gerência do Departamento de Operação do Sistema; Gerente da Divisão de Operação de Instalações; Gerente da Divisão de Operação da Transmissão;  Gerente do Departamento de Assessoria Técnica;  Engenheiro Assistente Técnico da Diretoria de Operação; Assessor Parlamentar da Presidência;  Presidente da Comissão Técnica do Adicional de Periculosidade.