Biogás e biometano: especialistas debatem fontes de energia para o futuro do Brasil

Goiânia, 4 de outubro de 2022.

Representantes de diversos setores de fontes de energias do país discutiram, nesta tarde (4/10), os “Avanços do Biogás e Biometano no Brasil”. Dentre os painelistas estiveram presentes o eng. civ. André Luiz Baptista Lins Rocha, presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol e Açúcar do Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar), o economista Mário Ferreira Campos Filho, presidente do Fórum Nacional Sucroenergético – FNS, e o administrador Paulo Montabone, Diretor da Fenasucro & Agrocana. A mediação foi realizada pelo eng. amb. Luiz Guilherme Grein Vieira, coordenador do Colégio de Entidades Regionais.

Paulo Montabone, Mário Ferreira Campos Filho, André Luiz Baptista Lins Rocha e Luiz Guilherme Grein Vieira


Campos Filho trouxe para o debate novos conceitos que estão sendo abordados no mundo, como a descarbonização e a economia circular, que enquadram o biogás e o biometano como uma grande potencialidade de alternativa energética. “Vários países, como o Brasil, assumiram o compromisso para 2050 de neutralidade climática, e isso envolve um grande desafio tecnológico de nacionalizar a produção de uma energia limpa, sendo uma oportunidade para os engenheiros desenvolverem novas tecnologias que ajudem o país a atingir essa meta”, comentou Mário Ferreira.

Para Montabone, o Biogás surge como uma nova vertente: é a quinta onda revolucionária dentro do setor agroindustrial, mostrando que o Brasil está se preocupando em diversificar as suas matrizes energéticas, saindo dos pequenos centros de produção para os grandes produtores, possibilitando, dessa forma, a descentralização das formadoras de novas energias. “O mundo passa por uma mudança de mentalidade, onde a matriz energética limpa e renovável é a matriz energética do futuro. A agroindústria, por sua vez, é uma das que mais contempla em números de profissionais das engenharias, agronomia e geociências, e é fantástico o posicionamento do Confea ao trazer para o debate essa temática que está em constante crescimento”.

Outro ponto importante discutido durante o painel foi a transformação da energia solar numa das grandes potencias do país por meio do incentivo de políticas públicas, que proporcionou ao campo energético grandes oportunidades de desenvolvimento para o Brasil, abrindo as portas para outras fontes de energia, como o biogás e o biometano. 

Rocha complementou que, apesar de o setor sucroenergético ter sofrido muito nos últimos anos com algumas políticas públicas erradas, a categoria tem procurado não apenas corrigir, mas buscar eficiência cada vez maior nas unidades para que, dessa forma, possam atingir uma sustentabilidade para os novos desafios que sempre ocorrem. “A solução que vejo hoje é preparar os engenheiros para assumirem cargos, explorar aspectos transformadores e empreendedores, tendo em vista que o futuro do país necessita cada vez mais da engenharia em todos os aspectos, sejam os relacionados à construção civil, como também os tecnológicos”, finalizou André Rocha.

Reportagem: Abigail Cardoso (Crea-MA)
Edição: Beatriz Craveiro (Confea) Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 77ª Soea
Fotos: Abigail Cardoso