Dario Minoru Hiromoto

Perfil

Um homem que fez a diferença. Para ele, as primeiras sementes de soja  na palma de suas  mãos indicavam para o futuro que ele compartilhou com milhares de agricultores de Mato Grosso, especialmente da cidade de Rondonópolis. A trajetória de vida de Dario parecia indicar que seria curta, faleceu aos 46 anos, por afogamento. Formado aos 22 anos, logo obteve o reconhecimento nacional e internacional pelos estudos desenvolvidos a partir de sua tese de mestrado sobre estímulos à precocidade e aumento de produtividade da soja. 

Com ideias que pareciam “malucas”, Dario era determinado e, nos depoimentos encontrados sobre ele, destacam-se definições como  “competência científica, sensatez, carisma, visão estratégica e comercial,  poder de articulação e uma capacidade especial de planejar para alcançar seus objetivos”, entre eles, melhorar a qualidade da produção da soja e criar a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária do Mato Grosso – Fundação MT.

A solidariedade de Dario e seu compartilhar de conhecimentos  encontraram eco junto a 23 pequenos produtores de soja que o ajudaram na criação da Fundação MT, e com ele aprenderam a olhar as dificuldades como desafios.  O reconhecimento pelo trabalho veio em vida tendo os títulos de Cidadão Rondopolitano, Mato-grossense e Primaverense. As homenagens in memoriam já somam seis.

Descobridor de soluções para os problemas do campo, formou uma equipe de pesquisadores coesa e eficiente. Costumava dizer que todos tinham a capacidade de fazer sempre mais e melhor, e lamentava o tempo perdido por trabalhos mal feitos.

Por toda uma vida profissional dedicada ao próximo, por meio da oferta de comida de boa qualidade, Dario transformou-se num ícone da agricultura brasileira e, para muitos, “é o anônimo mais importante da agronomia nacional”. Para o fitopatologista José Tadashi, “80% do que é a agricultura em Mato Grosso e no país tem muitíssimo a ver com os 19 anos em que Dario viveu e se dedicou ao estado”.

 

Trajetória Profissional

Pesquisador/colaborador, no Centro de Tecnologia da Copersucar, Piracicaba (SP), como melhorista da cana-de-açúcar (1988-1989),  na Embrapa de Rondonópolis-MT (1990-2000); Idealizador, fundador e pesquisador na Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária do Mato Grosso – Fundação-MT,  (1993-2009); Pesquisador dedicado ao  melhoramento genético e manuseio da soja, com foco na resistência a agentes causadores de doenças; Participante destacado na transformação socioeconômica de Mato Grosso na década de 1990; Autor de 16 resumos de trabalhos e 18 artigos publicados em anais de diversos congressos como o Brasileiro de Soja, em 1999 e encontros como a XXI Reunião de Pesquisa de Soja na Região Central do Brasil, em 1999; oito produções bibliográficas  publicadas como “Ecologia e Controle do Nematóide de Cisto da Soja” e “Desenvolvimento de germoplasma de soja adaptada a várias regiões ecológicas e vários sistemas de produção”.