Aquisição de vacinas por setor público e privado é tema de reunião entre Confea e senador

Na tela, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO)

 

Brasília, 9 de abril de 2021.

Representantes do Confea, da Associação Nacional das Empresas de Engenharia Consultiva de Infraestrutura de Transportes (Anetrans), da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor) e da Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura (Brasinfra) se reuniram com o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), para tratar do Projeto de Lei n. 948/2021, que permite que empresas adquiram vacina no exterior para imunizar seus funcionários. Aprovado na Câmara na última quarta-feira (7/4), o projeto chegou ontem (8/4) ao Senado. “Vemos com simpatia o projeto, desde que isso não atrapalhe o Plano Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde, um sistema altamente democrático, que atende à população de forma indistinta”, afirmou o presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, durante a audiência, realizada na manhã desta sexta-feira (9/4).

O senador explicou que já havia apresentado um projeto que permitia a aquisição das vacinas não somente às pessoas jurídicas de direito privado, mas também às de direito público, como empresas públicas e autarquias federais (caso do Confea) – dispositivo não previsto no PL 948/2021. Para não atrasar os trâmites, no entanto, ele afirmou que é mais estratégico, em vez de retomar seu projeto, apresentar emendas ao texto já aprovado na Câmara. “O que defendo é que seja o mais rápido possível”, concluiu.

Krüger pontuou que a inclusão de autarquias federais como agentes possibilitados de adquirir vacinas é importante, pois só de conselhos federais de profissões são 28 instituições. “O Sistema Confea/Crea e Mútua, por exemplo, congrega em torno de 8 mil funcionários. Se adquirirmos essas vacinas, a distribuição será altamente democrática”, pontuou. 

Durante a reunião, Krüger registrou sua preocupação com questões de ordem diplomática. “Os laboratórios nacionais dependem de insumos estrangeiros e há entraves gerados por essa realidade. Além disso, aprovar o projeto não é garantia de solução, pois, após esse passo, será iniciada intensa negociação internacional. A diplomacia brasileira será muito importante, e o Senado da República, junto ao Ministério das Relações Exteriores, poderia assumir esse protagonismo”. 

Presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger

Ao reiterar o posicionamento favorável ao projeto de lei em discussão, o presidente do Confea disse, ainda, se preocupar com os anos vindouros. “Vamos ter que efetivamente aprender a conviver com o coronavírus. A Engenharia e a Agronomia não pararam nesse ano e meio de pandemia”, continuou Krüger. “Tanto no campo, como na produção, no saneamento, na construção civil. São setores essenciais. A atividade de inspeção veicular é essencial – temos como exemplo o transporte de oxigênio, com regras muito bem definidas, além do transporte internacional dos produtos químicos que compõem as vacinas. Temos construção dos hospitais, manutenção dos equipamentos de UTI. Nossas atividades são estratégicas”, defendeu.

Além de Krüger e Cardoso, participaram da reunião a presidente do Conselho Executivo da Associação Nacional das Empresas de Engenharia Consultiva de Infraestrutura de Transportes (Anetrans), Luciana Dutra; o presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), Danniel Zveiter; o diretor administrativo da Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura (Brasinfra), Carlos Alberto Laurito. Pelo Confea, estavam presentes, além de Krüger, os assessores da Presidência Denise Castro, Guilherme Cardozo, Walter Bittar e Osmar Barros Júnior, e o gerente de Comunicação, Felipe Pasqualini.

Beatriz Craveiro
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Marck Castro/Confea