José Maria Hesketh Condurú Neto

Engenheiro Agrônomo pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), atual Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em 1978; Especialista em Heveicultura, FCAP/Superintendência da Borracha (Sudhevea), em 1979; Especialista em Avaliações e Perícias de Engenharia pelo Instituto de Avaliações e Perícias do Estado do Pará (Iapep), em parceria com Ibape, Instituto de Pós-Graduação (Ipog) e Faculdade Oswaldo Cruz (SP), em 2006


Nascimento: Belém (PA), 05 de abril de 1956
Indicação: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-PA)

A herança da Agronomia, ele traz no nome e no sangue. Condurú tem origem em uma árvore nativa do Maranhão (Brosimum conduru, atual Brosimum rubiascea), conhecida como “conduru-de-sangue”. Já o legado familiar se refere ao pai e ao avô, de mesmos prenomes, respeitados engenheiros agrônomos da Escola de Agronomia da Amazônia  (EAA), então pertencente ao Instituto Agronômico do Norte (IAN). 


Ali viviam José Maria Pinheiro Condurú e a professora colegial Cleide Motta Telles Condurú quando José Maria Hesketh Condurú Neto nasceu. O avô maranhense de origem inglesa havia ido formar-se em um dos maiores centros científicos do país. Ao lado do irmão caçula, Paulo Roberto, que se tornaria engenheiro florestal, a família viveria no IAN até 1976. 


Apenas em 1964, o campus da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP) deixou de pertencer ao IAN. Depois elevada a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), ali o homenageado exerceria boa parte das suas atividades. “Foi e é um prazer trabalhar na UFRA onde vivi até 19 anos e acompanhava meu pai aos campos. O reitor atual é filho de um amigo com quem jogava bola.” 


Ao avô, José Maria Hesketh Condurú Neto atribui a admiração pela memória das cidades, que estimulou o lazer mais constante, a fotografia. “Belém era uma grande vila. Nascer, crescer lá, trabalhar lá e me aposentar lá me tornou um cabra mais feliz que muita gente. Na confraria dos amigos, conheci um médico com quem meu pai trabalhava no Agronômico, apaixonado por fotografia. Acabei me tornando aficionado”, descreve.


Mas, sem dúvida, cabe ao pai, a maior identificação profissional. “Herdei o anel do avô, e do pai, a admiração pela ciência. Ele nunca quis me influenciar. Pensei em ser dentista, mas o sangue não deixou. Ele fazia planejamento agrícola, mesma área em que passei a dar aula”, diz.


Sócio do Paysandu Sport Club, Condurú  jogou vôlei e basquete, e, nos últimos 20 anos, tênis, mesmo desafiando uma artrose. “E tenho os netos”, ressalta. A paixão pela fotografia pode ser conferida em jmconduru.blogspot.com e na plataforma Flickr. “Vivo catando coisa velha para fotografar. É uma paixão, mas tiro pouca foto de planta.” Outra alegria é o almoço das sextas na Confraria da Sol informática. “É do genro de um ex-professor meu. Lá é proibido falar de negócios.”


Ex-conselheiro do Crea-PA, ele afirma que aprendeu muito sobre política profissional. “Enriqueceu muito as aulas, não só para as atividades técnicas. Hoje o grande gargalo somos nós, que exigimos pouco do Sistema.” 


Avesso a homenagens, Condurú considera o Mérito um reconhecimento do Sistema pela vida profissional. “Já era uma honra ser indicado. É uma honra enorme. Meu pai foi conselheiro. Se dependesse de mim, levava a mãe, a mulher (Sandra) e os filhos (Rodrigo, Marcela e Sueli).”

Atividades profissionais
Elaboração de projetos agropecuários, na J.M. Condurú Agrimazônia Ltda. (1975-1977); Assistência Técnica e Extensão Rural na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – Emater-PA (1976); Pesquisador do Convênio Embrapa/ Faculdade de Ciências Agrárias do Pará – FCAP Seringueira (1979-1981 e 1985-1989); Engenheiro Agrônomo da J.M. Condurú (1979-1982); Assessor Técnico da Agropastoril Grupiá S.A. (1982-1986); Delegado Regional da Superintendência da Borracha no Estado do Pará – Sudhevea (1983-1984); Estágio no Laboratório de Fisiologia da Produção de Seringueira do Institut de Recherche sur le Caoutchouc - IRCA, em Montpellier, França (1984); Coordenador Técnico do Convênio Embrapa/FCAP Seringueira (1986-1988); Consultor Técnico da Fazenda Jaburu (1987-1989) e da Agropecuária Campo Maior (1988-1989); Assessor Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará – Faepa (1987); Professor Adjunto da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA (1989-2017); Subchefe da Unidade de Apoio à Pesquisa – UAP, da FCAP (1989-1990); Perito Judicial (1990-2020); Chefe do Serviço de Processamento de Dados – Serpro da FCAP (1990-1993); Vice-Diretor da FCAP (1993- 1997); Chefe do Serviço de Planejamento, Avaliação e Controle – SPAC, da FCAP (1997-1999);  Diretor-Executivo da Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias – Funpea (1997-1999 e 2001-2002); Chefe do Serviço de Operações Sociais – Sesoc/PA da Gerência Regional do Patrimônio da União no Estado do Pará – GRPU/PA (2001-2005); Presidente do Instituto de Avaliações e Perícias de Engenharia do Pará – Iapep (2006-2011); Docente de cursos de Auditoria, Avaliações e Perícias Rurais, em diversas capitais (2006-2020); Diretor de Gestão de Desenvolvimento Agrário e Fundiário do Instituto de Terras do Pará – Iterpa (2007-2010);  Conselheiro Titular do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – Crea-PA, representando a UFRA (2007-2009); Conselheiro Suplente do Crea-PA (2011-2013); Chefe de Gabinete da UFRA (2012-2015); Docente de cursos de Georreferenciamento de Imóveis Rurais pelo Instituto de Pós-Graduação e Cursos – IPGC (2014-2017); Assessor da Reitoria da UFRA (2015-atualmente).