Foz do Iguaçu (PR), 4 de agosto de 2015.
De hoje (3) até sexta-feira (7), o II Encontro Nacional de Agronomia (ENA) e o XXIX Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA) reúnem cerca de 300 engenheiros agrônomos de todo o Brasil no Rafaim Palace – Hotel e Convenções, em Foz do Iguaçu (PR). Os eventos levam as assinaturas do Sistema Confea/Crea e Mútua e da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab).
Legislação profissional foi o foco da participação de José Tadeu da Silva na abertura do II ENA. Ladeado à esquerda por Antonio Albério, integrante do Conselho Diretor do Confea, Kleber Santos, coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Agronomia e Ângelo Peto Neto, presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil, e tendo à sua direita o vice-presidente do Crea-PR, Orley Lopes, representando o presidente do Regional, Joel Krüger, José Geraldo Baracuhy, conselheiro federal, Carminda Luzia Pinheiro, presidente do Crea do Acre, representando o Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea, e ainda Luiz Antonio Luchese, presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (foto à esquerda), o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, José Tadeu da Silva, foi o último a falar na solenidade de abertura do II ENA.
José Tadeu, engenheiro civil por formação, anunciou logo no início de sua fala: “hoje sou engenheiro agrônomo”, mostrando-se integrado com as questões que envolvem uma das profissões reunidas pelo Sistema Confea/Crea. Considerando que o Encontro “proporciona a oportunidade de refletir e fazer questionamentos sobre os problemas e a importância da Agronomia”, José Tadeu destacou a legislação que rege a modalidade e não pode ser exercida indiscriminadamente para que a sociedade não corra riscos, e lançou mão ainda da Constituição de 1988, “que reafirmou o dito nas Constituições anteriores sobre a seriedade com que tem que ser tratada”.
Quem somos
“Das quatro mil profissões existentes, o país tem 30 delas regulamentadas por lei. Percebo que estamos num momento que tenta nos induzir para brigas entre os Conselhos e temos que estar bem municiados porque quem não se prepara não ganha batalha. Temos que analisar a situação com lupa e entender quem nós somos”, alertou, historiando a legislação que começou a ser implantada na década de 1930.
José Tadeu confessou que “é grande a dificuldade” de presidir um Conselho multiprofissional que reúne profissionais de nível médio e pleno: “conciliar é uma tarefa desafiadora”, reconhece. “Nós respondemos por boa parte do desenvolvimento e progresso do país. Engenharia e Agronomia são a base de tudo o que é relevante, a questão legal de nossas atividades”, disse o presidente do Confea, ao defender a atualização da legislação profissional. “Este encontro tem amparo legal. Uma vez ao ano temos que reunir cada modalidade para rever, aprimorar e atualizar as leis vigentes”, conclamou. “Foco: é disso que a Agronomia precisa no Brasil. O que é importante no conhecimento e como podemos contribuir para o país”.
Frutos
Orley Lopes, por sua vez, vice-presidente do Crea-PR e representando o presidente Joel Krüger, destacou a seriedade com que tem que ser tratada a produção de alimentos: “Ouvimos o governo falar em educação e segurança, mas raramente ouvimos falar em comida, um trabalho que resulta do empenho e do trabalho de milhares de agrônomos. Defendemos mais apoio para que a Agronomia seja desenvolvida efetivamente e produza cada vez mais frutos”, disse Lopes.
Já o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (AEA-PR), Luiz Antonio Correia Luchese, chamou a atenção para a proliferação de cursos, a qualidade do ensino e o ensino a distância: “Nossa profissão precisa ser pensada pelo Sistema que é o esteio da segurança da sociedade”. Ao se referir ao ENA e ao CBA, disse que “os eventos se complementam” e destacou a “fiscalização não punitiva, como ferramenta fantástica para valorização do exercício profissional, e principalmente defesa sociedade”.
Carminda Luzia Pinheiro, falando em nome do Colégio de Presidentes de Creas, agradeceu “a oportunidade criada para a Agronomia brasileira”. Angelo Peto Neto, presidente da Confaeab, lembrou a proposta apresentada pela entidade ainda em 2013 e “que se tornou uma realidade concreta com resultados que visam à valorização dos agrônomos brasileiros”.
Pujança
Em nome do plenário do Confea, José Geraldo Baracuhy, coordenador do Congresso Técnico Científico (Contecc) - que terá uma segunda edição em setembro próximo, em Fortaleza (CE), quando da realização da 72ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia – anunciou que este ano perto de mil trabalhos devem ser inscritos. E revelando o destaque que a Agronomia vem recebendo, informou que “40% dos trabalhos são da área agronômica”.
Para Baracuhy, “a Agronomia brasileira tem sido exemplo de pujança e crescimento para todo o mundo. Produzimos frutos que em sua grande maioria não são nativos de nossas terras, foram adaptados”. Antonio Albério, por sua vez, deu importância aos temas a serem tratados por meio de palestras e painéis. “Temas importantes na vida da nossa profissão. E mais importante serão as propostas que advirão do encontro no sentido de melhorar a atuação dos nossos profissionais e, por consequência, o alcance de resultados mais expressivos oriundos da Agronomia”.
Kleber Souza dos Santos, coordenador nacional das Câmaras de Agronomia, agradeceu “o empenho das lideranças para a realização do encontro”, além de reafirmar que a programação foi definida com base nas sugestões das próprias câmaras especializadas.Ao destacar a presença do presidente da Academia Brasileira de Ciências Agrárias, Kleber arrancou aplausos para Eudes Souza Leão que, com 95 anos, participa do ENA.
O Encontro foi aberto pela manhã e a solenidade de abertura do Congresso será às 20h.
#aperteoplay e confira os assuntos
que as lideranças estão debatendo no encontro
Leia mais:
Responsabilidade técnica e ética são temas do ENA
Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea