Paulo Aguiar mostra como a IA pode transformar ideias em realidade

 

 

Paulo Aguiar apresentou novas abordagens sobre a Inteligência Artificial
Paulo Aguiar apresentou novas abordagens sobre a Inteligência Artificial

Vitória, 9 de outubro de 2025.

Na manhã desta quinta-feira (9/10), durante a 80ª Semana Oficial da Engenharia, Agronomia e Geociências (Soea), o publicitário, consultor criativo e cofundador do CR_IA, Paulo Aguiar, conduziu uma palestra sobre como a Inteligência Artificial (IA) está redefinindo os processos criativos. Com mais de 17 anos de experiência em comunicação, já tendo passado pelo grupo Publicis, atuado em marketing corporativo, games e projetos de metaverso, Aguiar trouxe ao público uma abordagem prática, repleta de exemplos visuais, sonoros e textuais, para demonstrar o que a IA já permite fazer.

Ele iniciou mostrando uma lista de atividades que já deixaram de ser feitas manualmente, graças à inteligência artificial, tarefas que antes exigiam horas de trabalho humano agora podem ser agilizadas ou automatizadas. Em seguida, Paulo Aguiar apresentou prompts (instruções escritas para a IA) e os resultados obtidos em diversas ferramentas: geração de textos, imagens, vídeos, música e apresentações.

 

A compreensão da linguagem humana pela máquina deve ser uma premissa para lidar com a Inteligência Artificial
A compreensão da linguagem humana pela máquina deve ser uma premissa para lidar com a Inteligência Artificial



Segundo ele, a grande novidade da IA é a capacidade de fazer com que máquinas compreendam a linguagem humana como nunca, diminuindo drasticamente os obstáculos entre ter uma ideia e transformá-la em algo concreto. Ele afirmou que “quando temos uma ideia, passamos por muitos obstáculos para transformá-la em realidade e o que a IA faz é diminuir muito esses obstáculos.” Esse encurtamento de etapas, segundo o palestrante, tem potencial de acelerar inovação, criatividade e produtividade.

Como usar melhor a IA no processo criativo
Paulo Aguiar explicou que para extrair o melhor da IA, é preciso mais do que usar ferramentas — é essencial rever o processo criativo. Ele defendeu que esse repensar leva ao descobrimento de novas ferramentas, o que por sua vez inspira novas formas de trabalhar, gerando um ciclo virtuoso de inovação.

Ele observou que embora exista muita leitura, notícias e expectativa sobre IA, a maioria das pessoas que a conhece ainda a utiliza pouco. Uma possibilidade é porque quanto mais controle se quer ter sobre o conteúdo gerado, mais conhecimento técnico será necessário.

Para ilustrar, Aguiar mostrou como ele próprio constrói um processo criativo para gerar um vídeo, detalhando desde a concepção da ideia até como delega partes do trabalho para a IA, sempre mantendo envolvimento humano no que é estratégico ou emocional. Ele lembrou que entender a IA como copiloto, não substituta, é bem importante nesse processo.

Apresentou, também, um guia prático de quatro passos para incorporar IA no cotidiano profissional:
1.    Listar suas tarefas: anotar tudo o que se faz para ver o que pode ser impactado pela IA.

2.    Identificar oportunidades: mapear quais tarefas ou partes delas podem ser aceleradas ou automatizadas.

3.    Escolher ferramentas: conhecer as opções, entender vantagens, limites e alinhar ao estilo do usuário.

4.    Implementar aos poucos: inserir a IA em etapas, experimentar, ajustar, evoluir o uso.

Paulo reforçou que definir o processo é o que vai determinar como a IA será usada no seu dia a dia, seja nas tarefas simples ou nos projetos complexos. Ele afirmou que “para toda atividade que você realiza existe uma IA; se não existe, está sendo criada”.
 

No palco 360 graus que despertou a atenção do público na Soea de Vitória, Paulo apresentou novas ferramentas e também aspectos humanos da IA
No palco 360 graus que despertou a atenção do público na Soea de Vitória, Paulo apresentou novas ferramentas e também aspectos humanos da IA

 


Destacou ainda a diferença entre usar IA de modo genérico e gerar conteúdos que reflitam sua voz, seu perfil, seu estilo. “Se você tem a sensação de que a IA escreve ‘com jeito de IA’, é porque não está usando sua linguagem para ela”, exemplificou. Também falou sobre agentes (IAs que supervisionam ou operam outras IAs), citando ferramentas como Manus, que trabalham como assistentes pessoais atuando automaticamente em navegadores, plataformas.

Paulo deu dica do curso ministrado por ele, ressaltando que, para ser um curso de IA útil e confiável, precisa ser atualizado com a frequência de no máximo uma semana, dado o ritmo acelerado de mudança das ferramentas.
No encerramento, Aguiar provocou: “O que você faz que pode delegar para a IA ou tê-la como assistente? E o que só você é capaz de fazer? Fortaleça isso, pois é o que vai te manter relevante no mercado”. Ele concluiu destacando três qualidades essenciais para quem quiser se destacar: adaptabilidade, autenticidade e criatividade, características inerentemente humanas, e que a IA não substitui.


Reportagem: Débora Pereira  (Crea-PR)
Edição: Henrique Nunes (Confea)
Equipe de Comunicação da 80ª Soea
Fotos: Sto Rei e Impacto/Confea