Universidade de São Paulo (USP)

Prédio USP/SP capital

Segundo o Anuário Estatístico USP 2020, com dados de 2019, a USP soma:
- 2.483.493 participantes em atividades de cultura e extensão;
- 48 bibliotecas;
- 97.325 alunos matriculados em graduação e pós-graduação;
- 5.383 docentes;
- 13.368 técnicos administrativos; 
- 232.166 atendimentos em serviços de saúde e educação;
- 88 unidades e outros órgãos;
- 09 Superintendências;
- 08 Prefeituras;
- 08 campi: São Paulo, Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e Santos;
- 20% da produção científica brasileira.
 
Em 2019, pesquisa realizada pela Universidade de Leiden, na Holanda, publicou um ranking internacional de universidades do ponto de vista de sua produção de pesquisas, baseado em uma seleção de artigos das principais revistas de âmbito internacional da Web of Science, e a USP aparece na 8ª posição em número de publicações no período 2014-2017. 
 
Entre as suas diretrizes, a internacionalização é fortalecida por parcerias com entidades de diversos países, e por participação em redes e consórcios, o que permite a mobilidade de estudantes e professores.
 
Sempre em destaque no ranking mundial de universidades, a USP está em 44 das 51 áreas específicas avaliadas no QS World University Ranking by Subject, divulgado em março de 2021 e publicado pelo Jornal da USP. A instituição de ensino apresenta melhor desempenho entre as universidades da América Latina e tem 13 cursos classificados entre os melhores do mundo, como os de Odontologia, Engenharia de Petróleo e Engenharia de Minas. 
 
Ainda segundo o levantamento, “em 19 áreas específicas, a Universidade ficou entre a 51ª e a 100ª posição; em nove áreas, entre as 150 melhores; e, em três áreas, entre as 200 melhores” e foi classificada como “a melhor entre os países de língua portuguesa”, ocupando a 115ª posição entre as melhores do mundo.

Vahan Agopyan: reitor atual

 
A universidade pública – mantida pelo governo do estado e ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico – foi criada há 87 anos, por meio do Decreto 6.283, de 1934, aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo.
 
Após o revés sofrido por São Paulo na Revolução Constitucionalista de 1932, o estado percebeu a necessidade de formar uma nova elite, capaz de contribuir para o aperfeiçoamento das instituições, do governo e da melhoria do país. Com esse objetivo, nasceram duas instituições distintas: em 1933, um grupo de empresários fundou a Escola Livre de Sociologia e Política (ELSP), hoje Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Em 1934, o então interventor de São Paulo, cargo que atualmente corresponde ao de governador, Armando de Salles Oliveira, criou a USP. 
 
Na época, Sérgio Milliet, escritor, pintor, poeta, ensaísta e crítico de arte e de literatura, sociólogo e tradutor brasileiro, afirmava que: “de São Paulo não sairão mais guerras civis anárquicas, e sim 'uma revolução intelectual e científica' suscetível de mudar as concepções econômicas e sociais dos brasileiros”. 
 
Para lecionar, professores vieram da Itália, França, Alemanha, Portugal, Espanha e Estados Unidos para ministrar disciplinas como filosofia, biologia, química, física, matemática e sociologia, gerando a criação de uma universidade com diversas formações até então pouco exploradas no país. Entre os mestres: Claude Lévi-Strauss, Fernand Braudel, Roger Bastide, Emilio Willems, Donald Pierson, Pierre Monbeig e Herbert Baldus difundiram nas duas instituições novos padrões de ensino e pesquisa, formando as novas gerações de cientistas sociais no Brasil.
 
Nascida pós-revolução constitucionalista de 1932, e alimentada com ideias e ideais libertários, a USP sempre esteve na cena política nacional.  Durante décadas, a universidade reuniu intelectuais, como Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, presidente do Brasil (1995-2003), Ruth Cardoso, Ruy Fausto, Bóris Fausto e Paul Singer,  mas, com a ditadura militar (1964-1985) e a limitação da liberdade, professores e alunos foram perseguidos e muitos deles deixaram o país.

 
Somente com a Campanha pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, no final dos anos 70, alguns professores e alunos começaram a retornar, e a universidade pôde retomar a plenitude de suas atividades.