Edgard Menezes Cardoso

Perfil

O caminho que Edgard Menezes Cardoso percorreu pelo Brasil traça um mapa. De Canhoba (SE), onde nasceu, até Porto Velho, onde vive hoje, foram mais de 6 mil quilômetros de trajetória: curso primário na cidade sergipana de Propriá, curso de técnico agrícola em São Cristóvão, também em Sergipe. Saiu do estado quando iniciou o curso de Engenharia Florestal em Viçosa (MG), para depois encerrá-lo em Curitiba.

Foi em 1980 que Edgard se dirigiu a Rondônia - "à procura de novos desafios". Lá, dedicou-se a promover a valorização dos engenheiros florestais do Norte do país: participou da criação do Crea-RO e de associações profissionais da Engenharia Florestal em Rondônia e no Pará. Edgard também foi um dos cinco membros do grupo técnico que criou a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia, em 1991.

Longe dos edifícios públicos, a 52 km de Porto Velho, Edgard participou, em 1987, das construções da Hidrelétrica de Samuel e da estação ecológica para onde foi relocada a fauna afetada pela obra.

Além de representação profissional e infraestrutura, o engenheiro utilizou seu conhecimento em projetos sociais. Coordenou o Programa Nacional de Geração de Emprego e Renda, em que pessoas com baixa qualificação profissional eram capacitadas de acordo com suas habilidades e vocação. Foi por conta desse programa que foi criado – com participação de Edgard - o Banco do Povo de Rondônia, de crédito barato e desburocratizado para os menos favorecidos.


Entre 1996 e 1998, coordenou trabalhos de levantamento da vegetação de Rondônia. Junto à Organização das Nações Unidas, participou, ainda, do Planaforo - plano agropecuário e florestal que criou unidades de conservação e demarcou terras indígenas no estado.


Edgard aliou sua experiência de engenheiro florestal e gestor de políticas públicas quando, em 2005 e 2006, integrou o grupo responsável por implantar em Rondônia o Programa Nacional de Crédito Fundiário do Ministério do Desenvolvimento Agrário.


De Sergipe a Rondônia – não sem antes passar pelas regiões Sudeste e Sul – Edgard Menezes Cardoso encontrou muitos desafios no estado que elegeu como lar. Quando perguntado sobre a desvinculação dos Creas do Acre e de Rondônia, o engenheiro se vale do pronome possessivo: “Novos profissionais chegavam para o nosso estado”.

Trajetória profissional

Diretor técnico da Secretaria de Meio Ambiente de Rondônia (1988-1989); Conselheiro regional no Crea-RO (1989-1992 e 2006-2008); Diretor técnico do Instituto Estadual de Florestas de Rondônia (1990-1991); Diretor do Departamento de Fauna e Flora da Secretaria do Meio Ambiente de Rondônia (1991-1992); Conselheiro do Banco do Povo (2001-presente); Professor da Faculdade de Rondônia – Faro (2005-presente); Diretor de Indústria e Comércio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Social (2008-2012); Coordenador do Programa de Florestas Plantadas (2012-presente).