Patrocínio: livro aborda alternativas de lançamento de efluentes no mar

Brasília, 1º de dezembro de 2020.

Com patrocínio do Confea, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-Rio) lança hoje, 1º de dezembro, o livro "Emissários Submarinos de esgotos sanitários: Conceitos gerais e avaliação de impacto ambiental".

O evento de lançamento será transmitido da sede da Abes Nacional, no Rio de Janeiro, de forma on-line das 14h às 15h (clique aqui para acompanhar a transmissão). Já a sessão de dedicatória, com as presenças do autor Renato Castiglia Feitosa e do coautor Paulo Cesar Colonna Rosman, será das 15h às 17h, no mesmo local. 

 

 

A publicação

A baixa eficiência de sistemas de esgotamento sanitário tem contribuído para degradação de ambientes costeiros. Estações convencionais permitem tratamento de pequenas a grandes vazões de esgoto sanitário, mas com demanda energética significativa, encarecendo os custos de implantação, operação e manutenção. Já o emprego de emissários submarinos – tubulação para lançamento de esgotos sanitários ou industriais no mar –, como destino final de efluentes sanitários submetidos a tratamento prévio, constitui uma eficiente alternativa, em virtude da elevada capacidade de dispersão e depuração da matéria orgânica no ambiente marinho. 

Essa capacidade está associada a grande energia disponível devido à ação das correntes marinhas na dispersão, disponibilidade de oxigênio dissolvido, e pelo fato de o meio se constituir como ambiente hostil a sobrevivência de microrganismos. 

A Organização Mundial de Saúde, com a participação da USEPA (United States –Environment Protection Agency), publicou em 1999, o Protocolo de Annapolis, inserido em uma série de documentos denominada como Proteção do Meio Ambiente do Homem – Água, Saneamento e Saúde. Esse documento trata o emprego de emissários submarinos como sistemas de disposição de esgotos sanitários de muito baixo risco para a saúde humana. Assim, é improvável que um banhista venha a ter contato físico com esgotos sanitários. Embora haja o impacto pontual no local de lançamento do efluente, o emprego de emissários submarinos é alternativa na preservação dos ambientes costeiros. 

Nesse sentido, o livro "Emissários Submarinos de esgotos sanitários: Conceitos gerais e avaliação de impacto ambiental" apresenta os sistemas de disposição oceânica como opção de tratamento e destino final de efluentes domésticos em regiões costeiras. A publicação fornece subsídios para diagnósticos e tomada de decisão relativa ao ponto de lançamento dos efluentes, com base em uma abordagem multidisciplinar acerca dos temas meteorologia, oceanografia, microbiologia, hidráulica e engenharia. 

São avaliados ainda os aspectos sanitários e ambientais decorrentes do lançamento de efluentes em ambientes aquáticos, e a caracterização dos fatores responsáveis pela sua dispersão e degradação no ambiente marinho, de modo a fornecer subsídios para análise das questões ambientais e do risco potencial de contaminação das áreas balneáveis.

Conheça os autores

Renato Castiglia Feitosa - Engenheiro civil com ênfase em Estruturas e Fundações pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1996), mestrado (2003), doutorado (2007) em Engenharia Oceânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Pós Doutorado University of Sydney - Austrália. Atualmente trabalha como professor externo no Mestrado em Engenharia Urbana e Ambiental (PUC-Rio) e como Pesquisador na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) - Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Paulo Cesar Colonna Rosman - Graduado em Engenharia Civil, ênfase Obras Hidráulicas e Saneamento, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1977), M.Sc. em Engenharia Oceânica pela COPPE/UFRJ (1979) e Ph.D. em Engenharia Costeira - Civil Eng. Dept. Massachusetts Institute of Technology (1987). Professor Titular do Dept. Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica/UFRJ e da Área de Engenharia Costeira & Oceanográfica da COPPE/UFRJ. Experiência em Engenharia Civil e Ambiental com ênfase em Recursos Hídricos e Engenharia Costeira e Oceanográfica, atuando principalmente em: hidrodinâmica ambiental, modelagem computacional de circulação hidrodinâmica em corpos de água com superfície livre, controle de poluição e qualidade de água, processos sedimentológicos, obras costeiras e fluviais, dragagens, emissários submarinos e lançamento de efluentes.

Julianna Curado 
Equipe de Comunicação do Confea
Com informações da Abes-RJ