Vozes para o futuro: confira expectativas para o final do CNP

Vitória, 10 de outubro de 2025.

Teve início nesta sexta-feira (10), em Vitória (ES), o 12º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), reunindo engenheiros, agrônomos e geocientistas de todo o país em um ambiente de debates e construção coletiva. Durante dois dias, os congressistas analisam as 60 propostas nacionais selecionadas entre as 356 aprovadas nos Congressos Estaduais, todas alinhadas ao tema central: “Desenvolvimento nacional com implementação de políticas públicas para a Engenharia, a Agronomia e as Geociências”.
 

Ana


A engenheira florestal Ana Flávia, do oeste da Bahia, ressaltou o amadurecimento do processo participativo que começou nos encontros microrregionais. “É gratificante ver as propostas saindo do papel e caminhando para a prática. Entre as que mais me chamaram atenção estão as voltadas à erradicação dos lixões, algo que é urgente, tanto do ponto de vista ambiental, quanto social”, afirmou. Sobre o CNP, a engenheira frisou  a oportunidade de juntar todos os profissionais e suas expertises e conseguir extrair melhorias para as nossas profissões. 

Victor


Para o engenheiro eletricista Rhúlio Victor, o CNP é um espaço de protagonismo profissional. “É um momento em que o profissional pode propor melhorias reais para o Sistema Confea/Crea. As propostas estão bem estruturadas, com mecanismos claros de implementação. Esperamos que todas avancem”, destacou.

 

Anjos



Já a engenheira civil Cleidice Anjos enfatizou a relevância das propostas que tratam da inserção de profissionais técnicos em cargos públicos estratégicos, como secretarias municipais. “É essencial termos engenheiros em secretarias de obras, médicos em secretarias de saúde, educadores em secretarias de educação. Isso garante políticas mais eficazes e aplicadas com conhecimento técnico. Todas as discussões aqui têm um propósito comum: melhorar a qualidade de vida dos brasileiros e todas essas cabeças pensantes, todos esses técnicos que às vezes ficam mais na ponta, mais esquecidos, tendo lugar de fala, isso mostra que o Confea está preocupado em valorizar o profissional e escutar o profissional”, pontuou.
 

Joyce



A engenheira ambiental Joyce Kelly Souza Figueiredo, de Manacapuru (AM), também destacou o caráter prático e social das propostas. “Desta vez, vemos um CNP com ideias mais objetivas e voltadas ao desenvolvimento urbano sustentável. Espero que este seja o Congresso em que, de fato, veremos propostas implementadas nível nacional”, disse.

Joyce, que participa do evento acompanhada da filha Anne, também chamou atenção para a importância da inclusão das mães profissionais nesses espaços. “É um desafio conciliar a maternidade com a atuação profissional, mas é fundamental que o Sistema continue criando condições para que todas as mulheres possam participar ativamente desses momentos de construção coletiva”, completou, em referência ao Espaço Kids, disponibilizado pelo evento.

Fabiano

O engenheiro eletricista Fabiano de Jesus, de Porto Alegre (RS), destacou que todas as propostas apresentadas no 12º Congresso Nacional de Profissionais (CNP) são positivas e voltadas para o aprimoramento do Sistema Confea/Crea. Ele defende a proposta de sua autoria, que trata do desenvolvimento energético sustentável para órgãos públicos e municípios, com foco na manutenção das instalações elétricas, elaboração de novos projetos e promoção da eficiência energética.

“É a minha primeira vez participando do CNP. Na fase anterior, fui aclamado, e na última etapa estadual passei por votação com 48 profissionais, ficando em segundo lugar. Está sendo uma experiência muito enriquecedora, tanto pelo aprendizado, quanto pela oportunidade de ampliar o networking e trocar experiências com profissionais de todo o país’’, disse.

Maria
A engenheira civil Maria de Jesus, de Valença (BA), participou pela primeira vez do Congresso Nacional de Profissionais (CNP) e destacou a importância do evento para o debate de temas sociais ligados à Engenharia. Segundo ela, a experiência tem sido enriquecedora e surpreendente pela profundidade das discussões, especialmente em relação ao saneamento básico. “Quando falamos de saneamento, estamos falando também das pessoas mais vulneráveis, das periferias, de quem enfrenta maiores dificuldades”, afirmou.

Maria ressaltou ainda a relevância das pautas que aproximam o Sistema Confea/Crea da sociedade e defendeu maior atenção às pequenas cidades. “O Plano Nacional de Saneamento Básico prevê ações para os próximos 30 anos, mas, em muitos municípios, a urgência é imediata. Precisamos de soluções para ontem”, pontuou. Encerrando, a engenheira afirmou que pretende continuar participando dos próximos Congressos. “É um espaço de aprendizado e de contribuição real para o desenvolvimento do país”, concluiu.

Texto: Anna Jescika Araújo (Crea-PI)
Edição: Henrique Nunes (Confea)
Fotos: Sto Rei e Impacto/Confea 

Equipe de Comunicação do 12º CNP