Reeleito, Lucchesi dará continuidade ao trabalho que vem realizado

Brasília, 7 de dezembro de 2021.

Ao ser eleito pelo processo virtual de votação como conselheiro federal representante das instituições de ensino, no último dia 11, o engenheiro agrônomo Luiz Antonio Lucchesi é o único conselheiro que vivenciou os dois formatos de eleição do Sistema Confea/Crea. 

Natural do Paraná, onde boa parte da sua carreira foi construída, incluindo o reconhecido trabalho na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Lucchesi também ampliou sua atuação profissional ao entrar para o Sistema Confea/Crea, como conselheiro no Crea-PR, em 2009. Sempre muito atuante nas questões classistas, o engenheiro agrônomo também já integrou a Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), a Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, a Sociedade e Brasileira de Ciência do Solo, entre outras, até que, em 2018, foi eleito como conselheiro federal do Confea. Mandato que terá continuidade com a reeleição para exercer o cargo até 2024.

No decorrer de 40 anos de profissão, o engenheiro agrônomo Luiz Antônio Lucchesi tem mais de três décadas dedicadas à vida acadêmica e à transmissão de conhecimentos aos alunos. As pautas das instituições de ensino aliadas à vivência de Sistema tornam o segundo mandato como conselheiro federal promissor. Confira a entrevista em que Lucchesi comenta o novo processo eleitoral, fala de certificação profissional e detalha o plano de trabalho para esse mandato, que terá como suplente o eng. agr. José Barbosa Duarte. 

Conselheiro federal Luiz Antonio Lucchesi

 

Site do Confea  – O senhor faz parte de um grupo que inaugura uma nova fase do processo eleitoral. Como foi participar das primeiras eleições via internet do Sistema Confea/Crea? Qual sua avaliação do processo?

Conselheiro Luiz Lucchesi: Anteriormente ao pleito de 2021, eu já havia participado de três eleições para concorrer ao cargo de conselheiro federal representante das Escolas de Agronomia junto ao Confea. Nos dois primeiros pleitos realizados de forma presencial, em Juazeiro (BA), em 2012, e em Brasília (DF), em 2015, fiquei em segundo lugar e adquiri uma importante experiência. Obtive êxito e fui eleito na minha terceira participação em eleições presenciais ocorrida na Capital Federal em 2018 para cumprir meu primeiro mandato de 3 anos, que se encerra em 31 de dezembro deste ano.
Neste ínterim, em 11 novembro de 2021, tive a oportunidade de participar do meu quarto pleito eleitoral no Confea, desta vez via internet e a distância, uma forma inédita de condução das eleições para este cargo e que me proporcionou o privilégio de ser reeleito pelos meus pares para mais um mandato, até 2024.

Em termos de processo de eleitoral do Sistema Confea/Crea, a única e expressiva mudança que houve foi na forma de se votar propriamente dita. Enquanto nas três outras eleições presenciais, os eleitores tiveram de se deslocar fisicamente de seus Estados de origem até a cidade escolhida para sediar o pleito, necessitavam de tempo adicional para o seu deslocamento e estadia, e de custear seu transporte, alimentação e estadia, sob a modalidade remota via internet estas dificuldades deixaram de existir, facilitando de forma óbvia em muito o acesso do eleitor à urna.

Importante ressaltar que os demais componentes do processo eleitoral continuaram a existir da mesma forma, tais como a exigência credenciais a serem apresentadas pelos candidatos e eleitores e prazos. Destas, destaca-se a necessidade do pré-credenciamento dos profissionais indicados formalmente pelas Instituições de Ensino Superior do Grupo Agronomia registradas no Sistema Confea como seus Delegados Eleitores. 

Nas eleições anteriores, esta dificuldade que os Delegados Eleitores teriam para se deslocar era um ponto que desestimulava o credenciamento ou mesmo a própria presença do eleitor na urna. No entanto, nestas últimas eleições por internet, apesar do maior universo eleitoral potencial existente para a participação, estimado em mais de 120 IES, o número de participantes credenciados não aumentou, tendo sido de 59 contra os 49, 32 e 83 Delegados Eleitores credenciados para atuar nas eleições passadas de 2012, 2015 e 2018, respectivamente.  Desta forma, avalio que o processo eleitoral foi bem administrado pelo Confea.


Site do Confea –  Consegue comparar com a eleição anterior de que o senhor participou?
Conselheiro Luiz Lucchesi:
Há uma diferença nítida entre a obrigatoriedade de os Delegados Eleitores estarem presentes na data da eleição em local distinto e longínquo de sua residência, e a facilidade de, em qualquer tempo e local, desde que com acesso à internet, login e senha, confortavelmente votar em computador ou em seu  próprio celular. De fato uma grande facilidade e estimulo à cidadania, à participação de todos!

Nesta pergunta cabe também a necessidade de esclarecimento ao leitor sobre quem pode ser votado e quem vota. Para ser candidato ou eleitor da única vaga de Conselheiro Federal Representante das Escolas de Agronomia descrito no inciso b) do artigo 29 da Lei 5.194/66, diz o regulamento eleitoral (Resolução Confea 1114/2019) que estes deverão pertencer ao Grupo Agronomia e ter vínculo contratual com a Instituição de Ensino Superior que representarão. Assim sendo, o número de potenciais Delegados Eleitores fica restrito ao número de IES registradas no Sistema Confea/Crea.

Site do Confea – Como foi o processo da campanha? Como o senhor se comunicava com seus eleitores?
Conselheiro Luiz Lucchesi:
O Confea é constituído por um presidente e por dezoito conselheiros federais, dos quais dois são representantes de Instituições de Ensino Superior (IES): um das Escolas de Engenharia e outro das Escolas de Agronomia. Por conta da importância do papel das instituições de ensino superior na educação e, portanto, na formação dos futuros profissionais afetos ao Sistema Confea/Crea a comunicação entre o candidato ao cargo de representante com os potenciais representados destas IES no Confea fica – em muito – facilitado, pois há um legítimo interesse de todos: a promoção da qualidade no exercício profissional, e tudo começa no ambiente escolar, na Universidade.

Assim sendo, a sensibilização dos potenciais eleitores se deu de maneira muito tranquila e fácil. Primeiro, por conta do meu histórico envolvimento na docência, no ensino, na pesquisa e na extensão, e também na administração da IES a que pertenço, a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Também a minha já longa atuação nas entidades de classe dos Engenheiros Agrônomos, no Crea-PR e nos últimos anos no Confea me fez conhecido. E ainda as minhas mensagens, permitindo a mim e ao meus suplentes acesso a todo o universo que propusemos representar por meio direto, ou indireto (mídias sociais e outros).

Site do Confea - Quais são as suas expectativas e metas?
Conselheiro Luiz Lucchesi:
Acredito que neste ponto em que me encontro em minha carreira profissional adquiri experiência e vivência, inclusive sobre o funcionamento do nosso complexo Sistema Confea/Crea, que me permitirá maior eficiência no cumprimento dos deveres de conselheiro federal.
Dentre as metas que buscamos alcançar está uma aproximação ainda maior entre o Confea e o Sistema Educacional Brasileiro representado pelo Ministério da Educação (MEC). Destaco também o objetivo de auxiliarmos a concretização da primeira experiência de certificação profissional de Engenheiros Agrônomos no Brasil pela American Society of Agronomy, que com o apoio de outros colegas conselheiros federais da Agronomia, da Presidência e do corpo funcional do Confea queremos ver concretizada no mais curto espaço de tempo possível.

Site do Confea - Quais são as suas principais propostas?
Conselheiro Luiz Lucchesi:
Intitulada “Confea: União Nacional pela Educação” são várias as propostas de nossa Chapa, as quais estão todas arroladas em nosso programa de trabalho que foi protocolado por ocasião do seu registro. Imbuídos da missão de promovermos a “Valorização das Profissões ligadas ao Sistema Confea/Crea junto à sociedade”, destacamos o “Estímulo à crescente interação entre o Sistema Confea/Crea com o MEC de modo a se permear junto ao corpo docente e discente das instituições de ensino consciência a respeito das finalidades dos níveis e modalidades de educação e ensino previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9394/96 que são a Educação Básica, Educação Profissional (Básico, Técnico e Tecnológico), Educação Superior (Cursos Sequenciais, Graduação, Pós-graduação e Extensão), Educação Especial e, por conseguinte, de suas reais atribuições profissionais sob a Lei 5194/66”.

Site do Confea - Como está vendo a atual gestão do Confea com as Instituições de Ensino?
Conselheiro Luiz Lucchesi:
Ressaltando o fato de o atual presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, ser professor universitário, tenho testemunhado neste meu primeiro mandato de conselheiro federal, ex-coordenador e atual membro da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) do Confea, inclusive como protagonista, grande e crescente interação do nosso Conselho Federal com as Instituições de Ensino, com o MEC e com o Conselho Nacional de Educação (CNE) e várias ações que visam ao aprimoramento da formação e do exercício profissional. No entanto, queremos ainda mais. Queremos ser ouvidos e influir nos destinos da Educação Superior da Engenharia, da Agronomia e das Geociências do Brasil, buscando sempre qualidade e o cumprimento das missões de nossas nobres profissões.

Site do Confea  - Qual a importância de representar a educação nacional em engenharia no plenário federal?
Conselheiro Luiz Lucchesi:
A resposta a esta pergunta é quase uma obviedade. A boa formação do jovem é fundamental para o futuro do Brasil. Também a formação continuada, prevista na LDB permite aos já diplomados aprimoramento e correção de rumo em suas carreiras para atender demandas profissionais em um mundo em constante mudança. Neste contexto, nos imbuímos de, ao representarmos as Instituições de Ensino Superior do Grupo Agronomia no Confea, analisar currículos, conteúdos e competências oferecidos por diferentes programas e cursados pelos profissionais, para propormos propostas de atribuições profissionais cabíveis e em harmonia com os diferentes grupos e modalidades abrigados e, assim, aprimorar a atribuição do Confea, que é a de fiscalizar o exercício profissional da engenharia e da agronomia.

Site do Confea  - O que te levou a compor uma chapa com o seu suplente?
Conselheiro Luiz Lucchesi:
A nossa candidatura surgiu das bases da Agronomia Brasileira, ou seja, de discussões e propostas advindas das entidades de Classe representativas dos Engenheiros Agrônomos, das quais destacamos a Confaeab, a Coordenadoria das Câmaras Especializadas de Agronomia do Confea, Coordenadores de Cursos de Agronomia de todo o País, e  aspirações e propostas discutidas pelos Presidentes de Creas. 
Desta discussão surgiram nomes, dentre os quais, o meu pela Universidade Federal do Paraná e, inicialmente, o do engenheiro agrônomo Dr. Leonardo Duarte Pimentel, professor da Universidade Federal de Viçosa e coordenador do Curso de Agronomia daquela IES, profissionais advindos de duas regiões do Brasil, Sul e Sudeste, pessoas com trânsito e capacidade de ouvir a todos. No entanto, em certo momento do processo eleitoral, a conjuntura levou o professor Leonardo a decidir pela renúncia de sua candidatura, tendo em seguida havido a identificação do nome do engenheiro agrônomo José Barbosa Duarte Júnior, professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná para compor e encampar os mesmos valores e objetivos traçados pela chapa desde o início, e que levaram 94,44% dos delegados eleitores a validá-la por meio do voto. Estamos todos muito felizes com as perspectivas de juntos, titular e suplente, podermos dar mais esta contribuição ao aprimoramento da autarquia federal Confea e ao desenvolvimento sustentável do Brasil!

 

Saiba mais:
Conselheiro suplente detalha expectativas para o mandato
Confea conclui com sucesso primeiro processo eleitoral virtual do Sistema

 


Fernanda Pimentel
Equipe de Comunicação do Confea