Brasília, 18 de maio de 2022.
Com a participação do presidente em exercício do Confea, eng. eletric. Daniel Sobrinho, o Crea Paraíba promoveu nesta quarta (18/5), no Centro Universitário Unifacisa, em Campina Grande, a 4ª Semana Paraibana de Ética. “Falar de ética é importantíssimo ao país. É importante todos os estudantes participarem desse evento para que já comecem da maneira correta”, disse Sobrinho, convidando os participantes a acessar o Código de Ética Profissional e a informarem-se sobre o papel do Sistema.
Entre as autoridades presentes, o superintendente de Integração do Sistema, eng. civ. Osmar Barros Júnior, a coordenadora do Programa Mulher do Crea-PB, eng. civ. Virgínia Barroca; o inspetor do Crea-PB em Campina Grande, eng. civ. Antonio Alves de Lima Júnior; o secretário de Planejamento, Gestão e Transparência de Campina Grande, Félix Araújo Neto; a estudante de engenharia civil do Centro Universitário, Mariel Costa Araújo; a diretora-geral da Mútua Paraíba, eng. civ. Cândida Régis, que afirmou que, “se não há ética é como se as profissões fossem um navio desgovernado”, e o diretor do Crea-PB, representando a presidência do regional, engenheiro eletricista Orlando Cavalcanti, que saudou os participantes, agradecendo a acolhida da Unifacisa e parabenizando todos os participantes da discussão sobre ética profissional e ética no ambiente de trabalho.
As boas-vindas da Unifacisa foram dadas pelo coordenador do curso de Engenharia Civil, eng. civ. Fabrício Furtado, que destacou a importância do evento, destacando os exemplos profissionais paraibanos, e pela coordenadora pedagógica Kátia Cristina de Castro. “Parabéns pela escolha da temática, tão importante para todas as profissões”, disse.
Coordenador da Comissão de Ética e Exercício Profissional do Confea, eng. minas Renan Azevedo comentou a participação dos estudantes para conhecerem o papel do conselho profissional e do exercício profissional ético. “Muito bom ver a engenharia crescendo na terra onde nasci e me formei”, disse. Já a coordenadora nacional das Comissões de Ética dos Creas, eng. civ. Carmem Eleonôra Soares, também paraibana, destacou o apoio do Confea para a realização do evento. “A ética não vive sem educação. O país não pode viver sem educação”, disse.
Responsabilidade social
Moderado pela diretora do Crea-PB, eng. agric. Aline Costa, o painel “Compromissos do Engenheiro Frente à Sociedade” contou com as participações do engenheiro civil Fábio Eli de Assunção Rios (Unifacisa), e do superintendente de Integração do Sistema, eng. civ. Osmar Barros Júnior. “O bom funcionamento da engenharia não é de interesse apenas dos profissionais, empresários do setor e investidores. É de interesse da sociedade, sendo sinônimo de desenvolvimento”, disse o professor paraibano, destacando desafios na área de saneamento e inovação e afirmando que a ética deve acompanhar a relação entre engenheiros e clientes.
Já o ex-conselheiro federal, ex-presidente em exercício do Confea e professor da Universidade de Araraquara Osmar Barros Júnior comentou o papel da Superintendência de Integração do Sistema, apresentou as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Engenharia, criticando a gama de títulos hoje presentes no país e destacando o perfil holístico e humanístico da formação, preocupada com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. “A sociedade está cobrando que formemos os nossos engenheiros com esse perfil”, disse, apresentando tópicos do Código de Ética Profissional do Sistema. “Proteger a sociedade dos maus profissionais, esse é o papel do nosso Sistema”.
Cotidiano e história
Em seguida, houve o painel “O papel dos engenheiros agrônomos e geocientistas frente às demandas sociais”, com o presidente da associação dos engenheiros Agrônomos da Paraíba, Roberto Raposo, como moderador, e os painelistas conselheira federal eng. mec. Michele Ramos, o conselheiro federal eng. minas Renan Azevedo e o ex-conselheiro federal eng. agr. José Geraldo Vasconcelos Baracuhy.
A engenheira Michele Ramos comentou que a ética deve estar presente no dia a dia do profissional e do cidadão. “Não podemos ser corporativistas. O egoísmo é muito massacrante no Sistema. A partir do momento da sua formação, você precisa ser ético e responsável por suas atitudes. Afinal de contas, tudo o que você fizer pode ter uma consequência”, pontuou. Enumerando tópicos como imagem, humildade, lealdade, empatia, ela destacou que a sociedade cobra muito dos profissionais do Sistema. “Principalmente que o profissional coloque a sua teoria em prática para que ele use materiais adequados e outras expectativas que podem ser atingidas por meio da atitude ética do profissional”.
Formado pela Universidade Federal de Campina Grande, Renan Azevedo destacou a atuação em processos junto a profissionais e empresas. “O objetivo do conselho é proteger a sociedade. Por isso, precisamos cobrar posturas éticas dos nossos profissionais”, comentou. Renan lembrou a importância da engenharia para a sociedade, da saúde à educação. “Só vamos evoluir se conseguirmos evoluir o exercício da profissão da engenharia. Muitas vezes, a sociedade não valoriza a engenharia. Mas sem a engenharia não se faz desenvolvimento. E a demanda de crescimento gera uma demanda profissional. A ética precisa estar na engenharia, mas também no cotidiano para não prejudicar terceiros”, reforçou, acrescentando que o Código de Ética incide sobre qualquer atividade da Engenharia.
Já o ex-conselheiro José Geraldo Baracuhy descreveu uma “viagem pela história da humanidade”, apresentando tendências de pesquisa da Embrapa e outros dados sobre as grandes demandas da sociedade. “É impossível pensar em ter qualidade de vida sem pensar em envolver a engenharia nessa complexidade do nosso dia a dia”, concluiu.
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea