Fórum discute transposição do Rio São Francisco

Brasília, 23 de setembro de 2005


O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, a senadora Heloisa Helena  e representantes de entidades em defesa do rio já confirmaram presença no evento, que acontece no dia 28 na sede do Confea, em Brasília.

Autoridades, representantes de entidades e profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia se reúnem em Brasília no dia 28 para discutir o futuro do rio São Francisco durante fórum sobre transposição das águas do rio. O evento, que contará com debates sobre questões técnicas, econômicas, políticas e ambientais relacionadas ao tema, é promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Já confirmaram presença nos debates o Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, a senadora Heloisa Helena, o governador do Sergipe, João Alves Filho, Marcelo Asfora, do Comitê da Bacia Hidrografia do Rio São Francisco, Luciana Khoury, coordenadora do Projeto de Defesa do Rio São Francisco, entre outros. O fórum será realizado no auditório do Confea.

O objetivo do fórum é levar o assunto a debate público, apresentando as diferentes posições sobre o tema. Para o presidente do Confea, eng. civil Wilson Lang, a transposição do Rio São Francisco, nos moldes em que está sendo planejada, é uma alternativa viável e importante para solucionar o problema da escassez de água pelas comunidades do semi-árido nordestino. “Claro que uma obra de grande porte como essa envolve também interesses políticos de grande porte, principalmente por parte dos Estados envolvidos”, pondera. O assunto faz parte da pauta de discussões do Confea desde 2000.

O projeto consiste na construção de dois canais para levar água do São Francisco para regiões do semi-árido. Originariamente se cogitou retirar água a uma vazão de 300 m3/seg. Depois se reduziu a vazão para 63 m3/seg, e agora o projeto prevê apenas 26 m3/seg, somente para consumo humano e animal. Seriam construídos 720 km de canais, em dois eixos (norte e leste), e se prevê que cerca de 1.000 km de rios secos da região se tornariam perenes. O projeto também prevê o uso do excesso de água da barragem da usina de Sobradinho.