Marcos Túlio e repesentantes do Cden discutem o Projeto Brasil

Brasília, 28 de março de 2006

Rigoroso quanto ao horário, o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, iniciou na manhã de hoje, o encontro que durante três horas - das 9h às 12h - manteve com os integrantes do Cden (Colégio de Entidades Nacionais), na sede do Parlamundi, em Brasília.

Classificando o encontro como "uma conversa informal" e que precede a primeira reunião do ano do Cden - marcada para esta quarta e quinta-feira - no mesmo local onde se desenvolve o encontro anual das Coordenadorias de Câmaras Especializadas, Marcos Túlio convidou os 22 dos 26 componentes do colegiado a "refletir sobre a relação que mantêm com o Confea, sobre a atuação que vêm desenvolvendo e sobre o Projeto Brasil, que foi apresentado pelo eng. eletricista Luiz Carlos Soares".

Antes de Soares apresentar o projeto, Marcos Túlio disse acreditar que "o grande desafio  do Sistema é buscar parcerias para construir um projeto com a sociedade, visando um desenvolvimento sustentável e, com  isso, novos rumos para o país" que, segundo ele, vem crescendo abaixo do desejado nos últimos anos: "o que tem resultado em falta de trabalho e emprego", constatou antes de destacar que "há 25 anos o Brasil se recente da falta de um projeto nacional de desenvolvimento".

Para Túlio, as taxas brasileiras de juros, das mais altas do mundo, provocam perdas no setor produtivo e reflexos negativos na valorização profissional, além de só favorecer o setor bancário". Ele disse também que o país pode ter um novo rumo com a contribuição do Sistema.

O presidente do Confea reafirmou que o Sistema deve realizar parcerias visando à valorização do profissional e traçar novas metas para o país e, mais uma vez, alertou que cabe às entidades nacionais e não ao Sistema Confea/Crea representar e mobilizar as categorias. Em seguida, destacou que o "primeiro passo a ser dado nesse sentido é estabelecer as competências de cada segmento (Confea, Creas, Mútua, Entidades Nacionais) e buscar a convergência para as soluções". Túlio afirmou também que falta foco no debate e na ação política em busca da real representatividade por parte das entidades.

"Prosa leve" - Discreto e de maneira simples, Luiz Carlos Soares apresentou as linhas gerais do Projeto Brasil: "Uma proposta para pensarmos o país visando a construção do futuro". Em sua argumentação, afirmou que o Confea tem o direito e o dever de se manifestar com a elaboração de um projeto que seja do conhecimento e principalmente considerado pelas autoridades governamentais.

Soares defendeu a realização, de maio a dezembro, de reuniões estaduais e regionais visando a participação do profissional da área tecnológica na construção de um projeto em que o Brasil tenha condições de se desenvolver e beneficie seus cidadãos. "Temos capilaridade, muito mais prós do que contras em alcançar nosso objetivo e apresentar o Projeto Brasil durante a 63ª Soeaa - de 20 a 24 de agosto em Maceió (AL), aos candidatos aos governos estaduais e à presidência da República".

A exemplo de Túlio, ele também aguarda a colaboração de todos para que o Projeto contemple o direito à cidadania, independente de classe social e profissão.

Para Jacques Sherique, eng. civil especializado em engenharia de segurança do trabalho, conselheiro e coordenador da Can (Comissão de Assuntos Nacionais), "é preciso seguir algumas regras para alcançar a meta colocada por Túlio, que é a de prestigiar as entidades visando um Sistema Confea/Crea cada vez mais atuante".

Já Reynaldo Barros, eng. civil e de segurança do trabalho,  presidente do Crea-RJ, acredita que o Cden está experimentando um "processo de mudança e que dará todo o apoio a Marcos Túlio". Ao falar sobre o interesse que o Sistema Confea/Crea vem despertando, Barros informou sobre os estudos que vêm sendo feitos junto ao setor bancário, uma vez que alguns bancos, em troca da fidelização de clientes, estudam pagar a anuidade dos profissionais junto aos Creas, o quê, para ele, "significa maior garantia de sustentação econômica do Sistema como um todo e por conseqüência das entidades nacionais".

Por Maria Helena de Carvalho
Da equipe da Acom

Foto: Sérgio Seiffert