O grande desafio é o respeito ao exercício da profissão

Brasília, quarta-feira, 13 de março de 2002.

A Câmara Especializada de Engenharia Industrial elegeu
"Engº Mecânico Gustavo Braz, coordenador eleito da
Câmara Especializada de Engenharia Industrial
- Dalmi Rodrigues de Moraes"
hoje por aclamação o novo coordenador, engenheiro Mecânico Gustavo Braz, (Crea-SE). Ele substitui o engenheiro Nelo Pisani Jr., (Crea-SP), que ficou dois anos na coordenação. Houve disputa pela coordenação adjunta, e o engenheiro mecânico José Ariosvaldo Alves da Silva, (Crea-PB) venceu por 16 votos a seis, o também engenheiro mecânico Francisco Machado da Silva, (Crea-DF). As eleições e posses ocorreram no primeiro dia do Encontro Anual dos Coordenadores Regionais de Câmaras Especializadas.

Para o coordenador Gustavo Braz, a Engenharia Industrial é, inclusive no contexto social, “uma alavanca de pátrias, mas não observamos, no Brasil, um reconhecimento efetivo da nossa modalidade”. O grande desafio da Câmara, na sua opinião, é conquistar o respeito ao exercício profissional do engenheiro metal-mecânico em todos os Estados, “para que atue na sua verdadeira ocupação, no contexto da sua formação, para dar segurança á sociedade”, afirmou.

Ele também acredita que a Câmara possa atuar no resgate da soberania nacional, sobretudo na área de energia. “Energia é soberania e pretendemos colaborar com a Agência Nacional de Petróleo, na elaboração da nova legislação de exploração, produção, transporte, distribuição, medição e controle do petróleo e seus derivados”, disse.

Braz quer ainda, consolidar a aproximação da Câmara junto ao DAC, feita pelo ex-coordenador que possibilitará regularizar a situação dos técnicos e mecânicos de aeronaves.

Manual de Fiscalização

O engenheiro Nelo Pisani deixa a coordenação da Câmara com 15 a 20% do Manual de Fiscalização pronto. Ele e o novo coordenador concordam que o grande desafio da Câmara seja concluir o Manual. “É o instrumento que garantirá a padronização do exercício profissional. É básico para o respeito à atividade profissional na interface Confea/Creas/sociedade, pois é a diretriz de como, onde e quem fiscalizar”, afirma.

Ele acredita que o maior trabalho realizado na sua gestão tenha sido o de unir os engenheiros industriais em torno de um único objetivo: a proteção da sociedade através do exercício profissional. Foi com este intuito, por exemplo, que realizou a aproximação com o DAC. “Agora o Confea poderá contribuir para regularizar a situação dos técnicos e mecânicos em aeronaves, pois a maioria das escolas não é reconhecida pelo MEC. E a solução para isto ocorrerá em curto prazo, pois temos um déficit grande nesta área”, prevê.

A Comissão Especializada em Engenharia Industrial reúne-se amanhã para analisar e aprovar as propostas de trabalho para 2002.

Christina Velho - jornalista convidada