CREA-MA ministra cursos sobre novos segmentos da engenharia

Maranhão, 10 de março de 2006

O Crea-MA realizará, pela primeira vez, treinamento aos seus agentes de fiscalização e aos dez inspetores regionais sobre novos segmentos da engenharia. Entre os que estão mais em evidência no estado se encontram engenharia clínica, geologia e minas, engenharia de meio ambiente, engenharia de pesca e engenharia de segurança no trabalho. O treinamento será nos dias 22, 23 e 24 de março, das 8 às 12h e das 14 às 18h na sede do próprio Conselho.

O presidente do Crea-MA, eng.Raymundo Portelada, disse que o Conselho vai contratar professores renomados e de conhecimento nessa área para capacitação e atualização de seus agentes e inspetores. “Vamos valorizar o profissional da terra na administração desses cursos”, garantiu, revelando que o Crea-MA tem consciência da importância dos trabalhos que os fiscais e os inspetores executam junto à sociedade maranhense, tanto é que há dez dias de sua realização, já gerou grande expectativa por parte dos participantes, haja vista se tratar de um curso do mais alto nível. “Esta é a chance que eles terão para expressar suas visões e interferir na política de fiscalização do Sistema”, destaca Portelada.

Para Portelada, uma das áreas mais procuradas e que tem tido uma grande demanda no Maranhão é a engenharia clínica. As áreas um pouco mais clássicas, como a bioengenharia, por exemplo, têm tido também uma contribuição efetiva, mas não com o mesmo impacto da engenharia clínica. “Isso pode ser porque, talvez, a engenharia clínica tenha uma resposta social mais rápida e promova maior intercâmbio com o pessoal da saúde. Ela é mais visível e uma necessidade para a comunidade”, ressalta.

Segundo o gerente de fiscalização do Crea, José Álvaro Costa, os cursos também darão destaque às engenharias de Pesca, Meio Ambiente e Segurança no Trabalho, aalém de Geologia e Minas. Os fiscais e inspetores vão adquirir conhecimentos sobre as empresas de extração e beneficiamento de bens minerais e/ou fósseis, as perfuradoras de poços tubulares para captação de água subterrânea, as prestadoras de serviços profissionais de geologia e engenharia de minas, as que atuam com o emprego industrial de explosivos e as que atuam também na área ambiental.

Diz Álvaro Costa que a exposição excessiva ou a deficiência de elementos e minerais, a inalação de poeiras minerais provenientes de emissões vulcânicas, o transporte, as modificações e a concentração de compostos orgânicos, a exposição a micróbios, entre outras complicações na saúde relacionadas às condições geológicas, levam o trabalhador a um quadro de saúde muito complicado. Tanto é, afirma, que o Brasil apresenta hoje 6,6 milhões de trabalhadores potencialmente expostos à sílica. Desses, 500 mil estão ligados à mineração e ao garimpo, 2,3 milhões à indústria de transformação e 3,8 milhões à construção civil.

Na área de Segurança do Trabalho, a NR-10 estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas e ainda a "segurança de usuários e terceiros". Como se pode observar, destaca o gerente Álvaro Costa, a norma trata da segurança dos trabalhadores e também das instalações. “Um de seus itens mais relevantes e que será debatido no curso, é a exigência de serem observadas as normas técnicas oficiais e, na falta destas, as normas internacionais vigentes, nas etapas de projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação de instalações elétricas, entre outras” conclui.

Mata Roma
ACOM Crea-MA