Procura pelos Telecentros nos Creas ainda é tímida

Brasília, segunda-feira, 25 de julho de 2005 

Nos cinco Creas que abrigam os Telecentros - programa de parcerias múltiplas lançado em março pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comério (MDIC)  visando a inclusão digital de micro e pequenas empresas - é ainda  tímida a procura pelo serviço, mas na avaliação de Amanda Rosa e Julian Semple, responsável pelo funcionamento do telecentro do Crea-SP, a implantação do serviço na unidade da Avenida Faria Lima, tem deixado os profissionais satisfeitos. "Reflexo disso é o aumento de 30 atendimentos registrados em abril para 105 em junho", revela.

Na capital paulista, três computadores foram instalados para atender a demanda do telecentro,  e um profissional foi especialmente treinado para esclarecer as dúvidas mais freqüentes e em muitos casos, ensinar a tirar melhor proveito das máquinas e do uso da Internet.

"Depois de explicar como funciona e para que serve o telecentro, fornecemos aos interessados a revista do Crea com a matéria sobre o assunto a fim de que não esqueçam o endereço do site e possam assimilar melhor as informações fornecidas", diz Semple.

Segundo os dados levantados, 50% dos interessados paulistas procuram o serviço para o preenchimento de Arts, pesquisas e informações mercadológicas, e os 50% restantes demonstram interesse em conhecer o conteúdo do site  TIN (Telecentro de Informações e Negócios).

Multiuso - Ao privilegiar funcionalidade, o Crea-ES também com três computadores instalados junto ao setor de Atendimento ao Público, vem registrando discreto aumento na procura pelo Telecentro. José Márcio Martins, gerente operacional informa que para a divulgação do serviço, matérias explicativas e informativas foram publicadas no site do Crea e nos meios de comunicação de Vitória.

Como os paulistas, os capixabas fazem multiuso tanto das máquinas quanto do Telecentro. Informações sobre legislação, artigos técnicos e negócios estão sempre na pesquisa dos interessados em dinamizar sua atividade profissional.

Com treze mil profissionais registrados, o Crea-ES informa que em média 20 pessoas/dia visitam as instalações e demonstram interesse em navegar na Internet em busca de esclarecimentos e de idéias.

Divulgação - O Crea-MG, por sua vez,  instalou um telecentro com computador e  impressora em cada uma das suas 56 inspetorias. Com acesso livre  à Internet, o equipamento mostra um ícone no site do regional o que agiliza o acesso às informações.

À exemplo dos outros regionais, houve treinamento de funcionários para  auxiliar o público a utilizar as ferramentas disponíveis. Segundo Luiz Fernando Telles, assessor de Informática e responsável pela instalação dos telecentros em Minas Gerais, "o pessoal treinado está pronto a esclarecer as mais variadas dúvidas apresentadas por um público bastante heterogêneo e ainda pouco numeroso que procura os telecentros mineiros. "Acreditamos que o movimento deva aumentar na medida em que o telecentro seja mais divulgado e conhecido". Telles também crê que "a iniciativa seja válida para comunidades mais carentes, com dificuldades de acesso à Internet". Ele sugere a formação de mais parcerias com entidades de classe e instituições de ensino "a fim de que o trabalho seja direcionado à comunidades e realmente eficiente".

Fluxo - Inicialmente, o Telecentro em Mato Grosso foi disponibilizado um ambiente específico, uma sala na sede do Crea-MT e um computar completo. Para garantir a oferta adequada dessa iniciativa, os funcionários Márcio Sales (Informática) e  Reynaldo Magalhães (Fiscalização)  acompanharam todo o treinamento para a implantação e é deles a  responsabilidade de apresentar o serviço aos usuários.

Mesmo com restrita estrutura, tanto física como de equipamentos, o Crea-MT aderiu ao Telecentro por entender que a inclusão digital é uma das portas de entrada para o desenvolvimento econômico e social.

Apesar da divulgação, não houve interesse  pelo serviço e  o Telecentro foi transferido para a sala da Informática. A proposta agora é disponibilizar um computador para o Telecentro na Central de Atendimento ao Público, onde o fluxo de profissionais é maior. Para isso, o Crea-MT aguarda ainda a conclusão do processo liciátório para a compra de computadores a esse setor.

Como o de Mato Grosso,  o telecentro instalado no Crea do Rio Grande do Norte também registra falta de interesse pelo público em geral. Segundo Ana Gouveia, do Programa de Atualização Profissional, "apesar de utilizarmos a mídia para divulgar o serviço, não temos registrado procura  significativa".

A observação de Ana talvez aponte para a alternativa de instalar telecentros nas inspetorias do Sistema Confea/Crea e que funcionam no interior dos estados.

Por Maria Helena de carvalho
Da Equipe da ACOM